Reconstituindo Histórias Sobre o Feminismo Brasileiro na Esfera do Governo: Um olhar sobre as décadas de 1970 e 1980

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira, Adelaide Suely de
Orientador(a): Fonseca, Jorge Luiz Cardoso Lyra da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Psicologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16908
Resumo: Esta dissertação de mestrado tem como objetivo analisar as condições materiais e simbólicas que levaram grupos organizados de mulheres feministas à institucionalização no âmbito do Estado e/ou governo no Brasil nas décadas de 1970 e 1980. Adotamos como base o entendimento do feminismo como uma prática e pensamento crítico – é uma prática política e um pensamento com suas ideias, teorias e posições políticas – que critica a ordem como o mundo está organizado (ÁVILA, 2013). Argumentamos que o movimento feminista brasileiro não somente propôs, criou, idealizou organismos, serviços e equipamentos públicos. Ele foi, paulatinamente, para dentro dos três níveis de governo, a partir dos anos oitenta, passando a partícipe e a executar, ele mesmo, as políticas públicas. Metodologia - Trata-se de um estudo de base qualitativa, no qual foram realizadas seis entrevistas semi-estruturadas com mulheres feministas: a) Que vivenciaram os primeiros momentos de institucionalização nos governos; b) Que entraram nos governos (ou defenderam que as feministas tomassem parte nos governos); feministas que estiveram contra por um determinado período e depois entraram nos governos. A caracterização inicial do problema é feita a partir do marco conceitual de gênero que dialoga com teóricas feministas e se organiza em três eixos, a saber: 1) o conceito de patriarcado; 2) o sistema sexo-gênero e, 3) o conceito de feminismo de Estado. Como metodologia de análise nos inspiramos na técnica de análise de conteúdo temático-categorial de Laurence Bardin (2000). Resultados - Em linhas gerais, as análises do material apontam que o que inaugura a relação institucionalizada do movimento feminista com o Estado é a criação dos conselhos de direitos para as mulheres; que o feminismo está influenciando transformações no aparelho do Estado, ainda que seja no contexto de um Estado patriarcal.