Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
MELO, Karolayne Gomes de |
Orientador(a): |
SILVA, João Henrique da Costa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Nutricao, Atividade Fisica e Plasticidade Fenotipica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48326
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Resumo: |
O sistema nervoso responde às mudanças durante os períodos críticos do desenvolvimento e está em constante modificação, sendo considerado um dos mais plásticos. Então, entende-se a plasticidade neural como capacidade do cérebro em se adaptar às mudanças ambientais ou endógenas. Destaca-se, que a plasticidade é modulada por mecanismos celulares e moleculares e, a depender do tipo de plasticidade, mecanismos diferentes irão atuar. Para a plasticidade do desenvolvimento, há fatores essenciais no processo de neurogênese e sinaptogênese, entre eles está o ácido fólico (AF) ou folato, que é uma vitamina do complexo B, definida por vitamina B9. Esta, é imprescindível na formação do sistema nervoso, por isso é amplamente recomendada a suplementação no pré-natal e durante a gestação. O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos da ingestão de ácido fólico em diferentes quantidades sobre os componentes da plasticidade neural, a saber, neurogênese e sinaptogênese. Trata-se de uma revisão sistemática realizada conforme os itens de Relatório Preferidos para Revisão Sistemática e Meta-Análise (PRISMA). As buscas foram realizadas nas bases de dados PubMed, Scopus e Science Direct de estudos publicados até agosto de 2021, com descritores específicos para cada base de dados. Após a realização das etapas de seleção dos estudos, foram selecionados 8 artigos considerados elegíveis de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. Todos os artigos selecionados conduziram os estudos com roedores em diferentes estágios da vida. Esses estudos utilizaram, em sua maioria, intervenções por manipulação do ácido fólico na dieta, mostrando que deficiência e o excesso de AF alteram a neurogênese cortical pré-natal. No entanto, também foi visto que a suplementação adequada de ácido fólico materno durante a gestação estimulou a geração de neurônios, aumentando a sinaptogênese no córtex cerebral da prole neonatal, além de gerar a proliferação de células tronco neurais (NSC) no hipocampo na prole neonatal. Os resultados também mostram que a suplementação é mais eficaz quando continuada durante a gestação, sendo capaz de melhorar significativamente o aprendizado e a memória da prole com menos comportamentos relacionados ao medo. Também verificou-se que a suplementação com ácido fólico materno aumentou significativamente (p <0,01) o peso ao nascer, o peso ao desmame e o peso pós-natal, sendo capaz de reverter os efeitos negativos de uma dieta rica em gordura. Os estudos desta revisão não esclareceram as dosagens exatas de ácido fólico suplementar que são benéficas para a neuroplasticidade durante outros estágios da vida, além dos períodos de desenvolvimento embrionário e primeiros meses de vida. Entretanto, nosso estudo vem a fortalecer a relevância da suplementação materna de ácido fólico para a prole com foco no efeito transgeracional da plasticidade fenotípica. Além disso, esta revisão traz uma importante discussão científica de que quantidades exacerbadas de ácido fólico podem ser prejudiciais na mesma medida que a deficiência, trazendo dúvidas sobre doses seguras e eficazes dessa vitamina. |