Avaliação da toxicidade e atividades anti-inflamatória e antinociceptiva do extrato aquoso da entrecasca de Chrysobalanus icaco L

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Tatiane Bezerra de
Orientador(a): NASCIMENTO, Silene Carneiro do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/2162
Resumo: Chrysobalanus icaco L. (Chrysobalanaceae) é uma planta nativa das áreas costeiras do continente americano, sendo utilizada na medicina popular para o controle de diversas patologias, tais como hiperglicemia, hemorragias, inflamações e diarréia crônica. O presente estudo teve por objetivo avaliar os efeitos toxicológicos e farmacológicos (Atividades antiinflamatória e antinociceptiva) do extrato aquoso da entrecasca do caule de Chrysobalanus icaco (EACI). Foram usadas células tumorais para avaliação da citotoxicidade e camundongos albinos para avaliação das atividades farmacológicas. Para a avaliação da atividade anti-inflamatória foram usados os testes de edema de pata e bolsa de ar induzidos por carragenina e para a avaliação da atividade antinociceptiva foram usados os testes das contorções abdominais induzidas pelo ácido acético, placa quente e formalina. No ensaio da citotoxicidade pelo MTT, o EACI (50Og/mL) não apresentou citotoxicidade significativa frente às linhagens NCI-H292, HT-29, HEp-2 e K562. No teste de toxicidade aguda, os camundongos (5 fêmeas/ 5 machos) foram tratados com EACI (2000 mg/kg, v.o.) e observados parâmetros fisiológicos e comportamentais. Ambos os sexos não apresentaram sinais de toxicidade após a administração do EACI, bem como nenhum efeito tóxico foi observado durante os 14 dias seguintes. O EACI (400 mg/kg, v.o.) apresentou efeito antiinflamatório evidenciado pela redução do edema de pata induzido por carragenina a 1% (0,1 mL/pata), apresentando atividade na primeira hora após a indução com o agente flogístico. No modelo da bolsa de ar, o EACI (100, 200 e 400 mg/kg) inibiu significativamente a migração de polimorfonucleares para o local da inflamação. O exsudato da bolsa foi coletado para avaliação dos níveis de mediadores pró-inflamatórios. Os níveis de TNF-α e IL-6 não foram alterados pelo EACI, porém uma redução significativa no nível de NO foi observada nas doses de 200 e 400 mg/kg (50,6% e 88,1 %, respectivamente). No teste de contorções induzidas por ácido acético, o EACI reduziu significativamente o número de contorções. O EACI aumentou o tempo de permanência dos animais na placa quente durante o tempo de 60 minutos, sugerindo que esse extrato possui efeito analgésico central. O teste da formalina revelou que o EACI possui atividade antinociceptiva na fase de dor neurogênica e na fase de dor inflamatória. Em conclusão, EACI não apresentou atividade citotóxica frente às linhagens testadas, nem efeitos tóxicos após a administração da dose de 2000 mg/kg. O EACI apresentou atividades anti-inflamatória e antinociceptiva. Estes resultados corroboram com o uso da entrecasca contra doenças anti-inflamátorias, porém mais estudos são necessários para a comprovação de seu uso etnofarmacológico como anti-inflamatório