Avaliação da eficácia farmacológica da fluoxetina e da nimesulida coadministradas com Panax ginseng em ratos wistar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: CUNHA, Hellencleia Pereira
Orientador(a): MAIA, Maria Bernadete de Sousa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/23992
Resumo: A polifarmácia tem sido cada vez mais utilizada por pacientes idosos no tratamento de doenças crônicas. Além dos medicamentos prescritos por profissionais de saúde, muitos pacientes buscam a fitoterapia como medicina complementar. Entretanto, o uso concomitante de fitoterápicos com outros medicamentos pode trazer consequências ao paciente do ponto de vista clínico. O presente estudo teve por objetivo analisar a possível interferência do fitoterápico Panax ginseng sobre os efeitos farmacológicos da fluoxetina e da nimesulida, em modelos animais de depressão, memória e inflamação. Para isso, ratos Wistar adultos machos divididos em três grupos experimentais (n=8) foram submetidos ao regime de tratamento oral agudo (três doses em 24 horas) ou por 14 dias (estudo subcrônico) com veículo (água destilada 1,5 mL/kg, controle), fluoxetina (20 mg/kg) ou fluoxetina (20 mg/kg) + P. ginseng (100 mg/kg). Posteriormente, os animais foram avaliados nos testes da natação forçada ou campo aberto. Para os testes de inflamação aguda e crônica, os animais foram agrupados em quatro grupos experimentais (n=6): controle (água destilada, 1,5 mL/kg), nimesulida (10 mg/kg), P. ginseng (100 mg/kg) ou nimesulida (10 mg/kg) + P. ginseng (100 mg/kg), e submetidos ao modelo de edema de pata induzido por carragenina (estudo agudo, por 240 minutos) ou por Adjuvante de Freund (estudo crônico, por 40 dias). No teste da inflamação subcrônica, os animais foram divididos em três grupos (n=6): controle (água destilada, 1,5 mL/kg), nimesulida (10 mg/kg) ou nimesulida (10 mg/kg) + P. ginseng (100 mg/kg), sendo induzida a formação de granuloma por “pellets” de algodão. Os resultados mostraram que houve uma potencialização do efeito antidepressivo no grupo de animais tratados com P. ginseng + fluoxetina, com três doses em 24 horas, efeito este que não foi observado no tratamento subcrônico (14 dias). Verificou-se também que P. ginseng não modificou o efeito anti-inflamatório da nimesulida, nos estudos de inflamação aguda, subcrônica e crônica, e o mesmo apresentou um efeito anti-inflamatório semelhante ao da nimesulida. Conclui-se que o tratamento com P. ginseng modifica o efeito da fluoxetina em testes comportamentais de depressão e memória agudos, mas não modifica em testes subcrônicos e não interfere no efeito da nimesulida em testes de inflamação aguda, subcrônica e crônica em ratos.