Composição nutricional e potencial de uso de frutos de Acrocomia intumescens Drude (Arecaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SILVA, Raquel Barbosa da
Orientador(a): OLIVEIRA, Antonio Fernando Morais de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30580
Resumo: No Brasil muitas espécies vegertais são utilizadas na alimentação e em diversos setores industriais. Neste contexto encontramos espécies da família Arecaceae. Dentro da família, o gênero Acrocomia vem se destacando por apresentar espécies com grande potencial, como por exemplo, Acrocomia intumescens Drude, que, de acordo com estudos prévios, é uma espécie promissora para o mercado alimentício e tecnológico. O objetivo deste trabalho foi caracterizar física e quimicamente o os frutos e o óleo de polpa e amêndoa de Acrocomia intumescens oriundos de nove populações localizadas em três municípios do estado de Pernambuco, nordeste do Brasil. Para condução da pesquisa, metodologias usuais de composição centesimal, carotenoides totais, perfil de ácidos graxos e características físicoquimicas do óleo foram utilizadas. As análises constataram que os frutos de Acrocomia intumescens é uma fonte rica de lipídios (≅ 40% para polpa e 50% para amêndoa, respectivamente), proteínas (≅ 8% e 19% para polpa e amêndoa, respectivamente) e carboidratos (com valores que variam entre ≅ 4 e 12% entre as populações), principalmente na sua amêndoa, com teores superiores aos alimentos convencionais. A polpa dos frutos de Acrocomia intumescens é rica em carotenoides (≅ 200µg/g) e o óleo é rico em ácidos graxos benéficos a saúde, como o ácido oleico (≅ 70%). Ainda sobre o óleo, este apresenta propriedades físico-químicas interessantes para diversos setores da indústria e dentro dos parâmetros determinados pela legislação vigente, porém por ser caracteristicamente insaturado é de fácil oxidação e necessita de estudos que melhorem sua estabilidade. Análises de similaridade mostraram que as populações estudadas podem ser agrupadas de acordo com o perfil de ácidos graxos, principalmente na amêndoa, cujo ácido láurico se mostra como marcador de população. Por fim, sendo A. intumescens uma espécie com uso alimentício tradicional e com propriedades nutricionais interessantes, uma maior divulgação da mesma se faz necessário, visto que esta pode auxiliar na complementação alimentar das comunidades do entorno onde ocorre. Além disso, o perfil de ácidos graxos e as propriedades físico-químicas dos seus óleos são excelentes para uso nas indústrias alimentícia, de sabões, cosmética e energética.