Manipulação de carboidrato endógeno com exercício prévio e jejum sobre a resposta ao bochecho de carboidrato e performance

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: SILVA, Thays de Ataide e
Orientador(a): SILVA, Adriano Eduardo Lima da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Administracao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16948
Resumo: O bochecho de carboidrato tem demonstrado efeito positivo sobre a performance durante ciclismo contrarrelógio com duração de 30-60 min. No primeiro artigo dessa tese, intitulado “Can Carbohydrate Mouth Rinse Improve Performance during Exercise? A Systematic Review” foi identificado significante efeito global do bochecho de carboidrato sobre a performance entre os estudos analisados. Ademais os principais mecanismos que envolvem o potencial efeito benéfico do bochecho de carboidrato sobre a performance também foram explorados. A ativação dos receptores sensoriais na cavidade oral que ativam algumas áreas do cérebro associadas com prazer e controle motor, como a ínsula, opérculo frontal, córtex órbitofrontal e estriado, tem sido proposta. Apoiando esta suposição, tem-se demonstrado que o bochecho de carboidrato aumenta potenciais motores e melhora a saída corticomotora aos músculos exercitados. No entanto, este efeito positivo parece ser acentuado quando a disponibilidade de carboidrato endógena está reduzida. Somando-se a isso, tem sido discutido que há uma relação direta entre a disponibilidade de carboidrato endógena e a magnitude da melhora da performance com bochecho de carboidrato. No segundo artigo dessa tese, intitulado “CHO mouth rinse ameliorates neuromuscular response with lower endogenous CHO stores” foi investigado o efeito do bochecho de carboidrato sobre a atividade neuromuscular (EMG), respostas metabólicas (glicose e lactato plasmático e taxas de oxidação de carboidrato e gordura), e performance durante ciclismo iniciado com diferentes níveis de disponibilidade de carboidrato endógeno pela manipulação do jejum e exercício anterior. Com um desenho duplo-cego, randomizado, controlado por placebo, oito indivíduos do sexo masculino fisicamente ativos completaram seis ensaios experimentais bochechando periodicamente carboidrato (6,4% maltodextrina) ou placebo no estado alimentado (FED), no estado de 12-h de jejum (FAST) ou depois de um protocolo de depleção de glicogênio muscular e 12-h de jejum (DEP). O ensaio experimental consistiu de 30 min de ciclismo a 90% do primeiro limiar ventilatório, seguido por uma prova contrarrelógio de 20-km. Lactato e glucose plasmática, consumo de oxigênio, taxa de oxidação de carboidrato e gordura, e atividade EMG do músculo vasto-lateral foram mensurados. Durante o exercício de carga constante, o bochecho de carboidrato manteve os níveis de glicose plasmática altos ao longo do exercício (p = 0,023). O estado DEP apresentou redução (p = 0,05) na atividade EMG na condição de placebo, que foi completamente restaurada com o bochecho de carboidrato (p = 0,010). O tempo de performance durante o exercício contrarrelógio foi mais rápido com o bochecho de carboidrato comparado ao placebo apenas no estado DEP (p = 0,019). A inferência qualitativa do efeito do bochecho de carboidrato sobre a performance do exercício foi “benefício muito provável” para DEP, “possivelmente benéfico” para FAST e “negligenciável ou trivial” para FED. A potência e atividade EMG ao longo do contrarrelógio foi reduzida na condição DEP com placebo, mas foi parcialmente restaurada com o bochecho de carboidrato. Em conclusão o bochecho de carboidrato influencia a performance do exercício quando a disponibilidade de carboidrato é baixa e sugere-se que o principal mecanismo que governa esta resposta é o aumento na atividade neuromuscular.