Alterações ecocardiográficas do ventrículo direito em pacientes recuperados da COVID-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: BARROS, Leandro Soares de Andrade
Orientador(a): MELO, Heloísa Ramos Lacerda de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Medicina Tropical
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46414
Resumo: Alterações ecocardiográficas do ventrículo direito (VD), como dilatação ou disfunção sistólica, e hipertensão arterial pulmonar foram demonstradas em pacientes com COVID-19. Entretanto, a persistência desses achados a longo prazo é incerta após a recuperação dos pacientes acometidos pela infecção. O objetivo do nosso estudo foi determinar a frequência de alterações ecocardiográficas do VD em pacientes recuperados da COVID-19 e verificar a associação entre a síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e os achados ecocardiográficos. Pacientes recuperados da COVID-19 sob acompanhamento ambulatorial foram submetidos a ecocardiograma transtorácico e, com base nos achados, foram divididos em dois grupos: normais e alterados. Foi verificado se existe associação entre SRAG e anormalidades ecocardiográficas do VD nos pacientes recuperados. O estudo incluiu 61 pacientes, com idade média 54,2 ± 12,0 anos, 57,4% apresentaram SRAG durante a fase aguda da infecção. O tempo médio entre a COVID-19 e o exame ecocardiográfico foi de 11,9 ± 7,0 meses. Os pacientes tinham função sistólica do ventrículo esquerdo normal. A frequência de alteração ecocardiográfica do VD em pacientes recuperados da COVID-19 foi de 44,3%. Disfunção sistólica do VD foi demonstrada em 31,1%, seguida por dilatação ventricular em 14,7% e hipertensão pulmonar em 9,8%. Evidenciamos associação entre SRAG durante a COVID-19 e alteração ecocardiográfica do VD em pacientes recuperados sob investigação ambulatorial (OR: 4,96; IC95%: 1,37 – 17,9; p = 0,015). Também foi demonstrada associação entre SRAG e dilatação do VD (p = 0,007) e entre SRAG e disfunção sistólica (p = 0,028). SRAG é, portanto, um fator de risco para achados ecocardiográficos anormais do VD em pacientes recuperados da COVID-19.