Uso de habitat e padrões comportamentais do peixe Stegastes fuscus nos recifes costeiros de Porto de Galinhas (PE)
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Oceanografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18328 |
Resumo: | No Brasil os estudos um dos principais focos dos estudos etológicos com peixes recifais é a espécie Stegastes fuscus (Cuvier, 1830); a mais representativa em abundância e frequência nos recifes rasos de Pernambuco. Neste contexto, este estudo teve por objetivos; (1) descrever o repertório comportamental de S. fuscus, criando etogramas descritivos e ilustrados com todos os comportamentos observados, e (2) analisar o comportamento de defesa territorial da espécie. Dez horas de observações preliminares e 68h de observações ad libitum e animal focal, e 20h de experimento in situ foram realizadas nos recifes naturais da praia de Porto de Galinhas, Ipojuca. Três áreas foram escolhias por suas características diferentes: (1) ponto do Fundo Recifal, (2) ponto da Praia, (3) ponto do Topo Recifal. As observações geraram um etograma com nove categorias comportamentais motoras: natação, alimentação, defecação, limpeza de território, limpeza do corpo, saída do território, interação social, abrigo, agonístico; e duas sonoras: pop e burr. O ponto do fundo recifal foi o de menor densidade de S. fuscus, com 0,3 peixes/m², e onde se encontraram os maiores territórios (1,45 m² em média). Os maiores valores de densidade, cobertura e locas foram encontrados no ponto da Palythoa. As regressões obtidas para o comprimento dos indivíduos e as variáveis avaliadas mostraram tendência para a relação entre o comprimento dos indivíduos e o número de locas, no ponto do fundo. Provavelmente neste pontoo mais importante para os peixes é a presença de abrigo. Foram registrados peixes afastando-se quase 10 m de seus territórios. Pode-se afirmar que área de vida da espécie está associada ao ambiente ao redor. A taxa de alimentação diminuiu conforme aumentou o número de interações agonística. O número de atos alimentares por minuto só diminuiu de forma significativa quando houve mais de dois atos agonísticos. Este ponto representa um limiar que define até onde é vantajoso para o peixe manter a defesa de territórios. Durante as observações experimentaisforam identificados sete padrões de reação aos objetos. São elas: evitar, não interagir, observar e sair, observar e aproximar-se aos poucos, observar e examinar, observar e ameaçar com display, e observar e expulsar. As diferentes respostas demonstram como o comportamento territorialista da espécie está tão associado às variações individuais e às ambientais. O presente estudo identificou três padrões comportamentais que não foram descritos anteriormente em estudos comportamentais com a família Pomacentridae. |