Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
FERREIRA, Roberta Gracyelle de Lima |
Orientador(a): |
MENEZES, Jaileila de Araújo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17573
|
Resumo: |
Este trabalho investe na compreensão dos sentidos que jovens em conflito com a lei produzem sobre a criminalidade. Para tanto, analisa como esses jovens relacionam os elementos que explicam sua entrada no crime e como problematizam os aspectos que possibilitam/dificultam a sua desvinculação com a trajetória infracional. Utilizamos como interlocutores as abordagens teórico-metodológicas da biopolítica das populações (FOUCAULT, 2005), da Criminologia Crítica (BARATTA, 1999) e dos estudos subalternos (SPIVAK, 2010). Transitamos pela relação saber/poder/verdade para destacar os efeitos de saber e de poder na produção da condição de jovem infrator, atentos ao fato de que essas produções estão perpassadas por uma discursividade social hegemônica de criminalização da juventude pobre. Consideramos fundamental a escuta dos jovens, principalmente a elaboração de discursos que se distanciavam dos significados mais corriqueiros que tentam explicar o envolvimento deles com práticas infracionais. A técnica de coleta de informações foi uma entrevista semiestrutura, realizada com jovens em cumprimento de medida socioeducativa privativa de liberdade. A análise dos dados foi feitas através da Análise Crítica do Discurso, baseada na analítica foucaultiana. Como resultado, observamos que a produção discursiva dos jovens quanto aos elementos que explicam a sua vinculação com o crime perpassam questões que envolvem o consumo de drogas, o desejo de poder, o acesso à rua, circunstâncias familiares e o consumismo. No tocante aos aspectos que possibilitam/dificultam a desvinculação dos jovens com a prática infracional, suas produções discursivas foram norteadas a partir da discussão sobre a medida socioeducativa, a escola, a família e suas perspectivas de projetos de vida. |