Adesão medicamentosa em pacientes com diagnóstico de lúpus eritematoso sistêmico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: ASSIS, Christyanne Maria Rodrigues Barreto de
Orientador(a): MARQUES, Cláudia Diniz Lopes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias da Saude
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39566
Resumo: A ausência de adesão à terapia medicamentosa constitui um problema mundial. Estimativas sugerem que pelo menos 50% dos pacientes com doenças crônicas terão dificuldades na adesão, podendo ser ainda maior em países em desenvolvimento. Entre pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES), essas taxas podem variar entre 3% e 76% e estão relacionadas à persistência de atividade da doença, à sua reativação e à mudança de tratamento de forma desnecessária. Desse modo, a avaliação das barreiras e determinação da taxa de adesão terapêutica entre esses pacientes é de fundamental importância. O objetivo deste estudo foi determinar a taxa de adesão ao tratamento medicamentoso entre pacientes com diagnóstico de LES e identificar fatores associados. Foi realizado um estudo transversal, analítico, no qual foi aplicado um questionário composto pela escala de Morisky-Green modificada, para avaliar a adesão medicamentosa, e por questões referentes a fatores associados à adesão; a atividade de doença foi avaliada pelo instrumento MEX-SLEDAI. Foram incluídos pacientes com idade mínima de 18 anos, com diagnóstico de LES, acompanhados no ambulatório de Reumatologia do Hospital das Clínicas – UFPE, que usavam pelo menos uma medicação para o LES. A amostra foi composta por 81 pacientes, sendo a maioria do sexo feminino, com média de idade de 41,4±11,5 anos, predominância de pardos (49,4%). A maioria dos pacientes (77,8%) não exercia atividade remunerada. O tempo médio de diagnóstico foi de 11,4±9,0 anos e 53,1% tinham polifarmácia. A pontuação média do MEX-SLEDAI foi 2,6±2,7 e 54,3% foram considerados com LES ativo. A maioria dos pacientes (61,7%) foi classificada como tendo média adesão. A taxa de alta adesão foi de 11,1% e de baixa adesão de 27,2%. Análise bivariada mostrou que exercer atividade remunerada e maior tempo de diagnóstico estiveram relacionados à baixa adesão e polifarmácia associou-se à maior adesão. Após análise multivariada, os fatores que se mantiveram associados foram o tempo de doença (OR 3,89, p=0,016) e polifarmácia (OR 0,32, p=0,041). O presente estudo evidenciou uma baixa taxa de adesão medicamentosa. Sendo que exercer atividade remunerada e maior tempo de diagnóstico estiveram relacionados a uma menor adesão, enquanto polifarmácia associou-se à maior adesão. Não houve associação com a atividade de doença.