Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, Caio Lima dos |
Orientador(a): |
SILVA, Osvaldo Girão da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Geografia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39261
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Resumo: |
No município de João Pessoa existem feições do relevo formadas por processos cársticos, denominadas depressões fechadas. A dinâmica natural do relevo cársico é governada pelo processo de dissolução das rochas, principalmente dos carbonatos. Esse processo é resultado da ação conjunta de fatores como aspectos geológicos e condições climáticas, entre outros, resultando na criação de vazios nas camadas rochosas subjacentes, que por sua vez podem evoluir e promover processos como subsidência e colapso, responsáveis pela elaboração do relevo superficial característico das áreas cársticas. As características geológicas identificadas e as condições relativas a evolução do relevo na cidade de João Pessoa a colocam numa condição de área suscetível a ocorrência de processos cársticos, que, soma-se ao forte processo de urbanização observado na área. Assim, esta pesquisa tem como objetivo identificar e caracterizar formas de relevo desenvolvidas por processos de carstificação, de forma a possibilitar a análise de riscos nesses ambientes, considerando, além da susceptibilidade natural, os aspectos relacionados às ações antrópicas sobre esse espaço. Para tanto, foram mapeadas feições de relevo cárstico denominadas depressões fechadas, com base na classificação proposta por Vital (2015). Além da delimitação dessas depressões, novas feições foram mapeadas, com base nos mesmos critérios estabelecidos por este autor: ocorrência de drenagem radial centrípeta e distribuição de curvas de nível. Em seguida, foi realizada a caracterização morfológica e morfométrica das áreas mapeadas, utilizando como critério o método proposto por Williams (1972). Esse procedimento contribuiu para a classificação das áreas de risco relacionadas aos processos cársticos, uma vez que permitiu verificar as características naturais das formas estudadas. Os riscos, por sua vez foram investigados a partir da análise da dinâmica natural relacionada à ocupação antrópica dessas áreas e de suas atividades. As condições estruturais, a espessura da camada capeadora (Formação Barreiras) sobreposta à rocha mais suscetível à dissolução (Formação Gramame) e os aspectos geomorfológicos foram considerados como condicionantes naturais ao processo de carstificação. A dinâmica antrópica foi investigada a partir dos critérios definidos por Gutierrez (2016) por meio da descrição do campo, com o objetivo de observar a existência de problemas visíveis que potencializam ou mesmo desencadeiam situações de risco. Assim, foram definidos 04 (quatro) níveis de risco: muito alto, alto, médio e baixo. Foram identificadas residências localizadas no contexto das áreas analisadas que apresentam problemas na sua estrutura física (fissuras nas paredes e afundamento), o que atesta a ideia de que estas áreas passam por processo de subsidência lenta. Outra situação de risco identificada foi a abertura de crateras, principalmente no período de maior precipitação relacionada ao rompimento de tubulações pluviais. Essas crateras apresentam fluxo interno em direção a subsuperfície, conectando a drenagem superficial com a subsuperfície, demonstrando assim a existência de vazios subjacentes, o que evidencia o risco eminente a processo de colapso. Portanto, a gênese e evolução das feições cársticas na cidade de João Pessoa condiciona as situações de risco relacionadas aos processos cársticos, potencializadas pelas ações humanas. |