Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
de Goes Nunes, Jarbas |
Orientador(a): |
Luiz Pelizzoli, Marcelo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9102
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Resumo: |
É possível pensar numa medicina comprometida com o devir ético dos sujeitos? Como construir relações produtivas entre saúde e formação humana (Bildung)? Como reconciliar o cuidado à saúde ao desenvolvimento das potências de ser-na-vida? Diante dos limites epistêmicos, institucionais e éticos postos em relação à efetividade da medicina moderna de promover e produzir saúde, surgem, cada vez mais, novas perspectivas teóricas e práticas no modo de conceber a saúde, ampliando seu escopo para além das normalidades quantificáveis. E é justamente neste cenário que o presente trabalho se insere, centrando-se nos limites das abordagens da saúde marcadas pelo cartesianismo e suas práticas convencionais atuais. Portanto, a hipótese levantada aqui é que por meio de aportes ético-filosóficos fundados na hermenêutica filosófica, pode-se apontar outro(s) paradigma(s) para pensar uma saúde como cuidado integrativo, centrada no desenvolvimento dos sujeitos, a partir de um movimento compreensivo da vida, em suas possibilidades éticas de ser-no-mundo, transfigurando o espírito para além de si. Este espírito, que também é corpo, está imerso no tempo e na historicidade, projetando-se enquanto um refazer-se eterno de si mesmo, buscando sentido ao seu ser no mundo. O espírito, enquanto possibilidade de si, se inquieta, não se satisfaz com o que se apresenta simplesmente dado, e sonha novas maneiras de estar e ser no mundo transformando este mesmo mundo. Neste sentido, tomando o sujeito para além das abordagens presas à razão objetificadora, e em sua perspectiva finita e histórica, se fará uso da hermenêutica filosófica a partir de autores como Dilthey, Nietzsche, Heidegger, Foucault, e principalmente Gadamer, na aposta de se pensar o cuidado como um processo formativo, em direção a uma maior propriedade em relação à vida, promovendo o surgimento de sujeitos mais éticos e capazes de desenvolver suas potências no mundo da vida |