Abordagem integrada de modelagem hidrológica e operação de barragens para avaliação da eficiência do controle de cheias na Bacia do Rio Capibaribe

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: GOMES, Mayara Maria de Arruda
Orientador(a): CIRILO, José Almir
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Engenharia Civil
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33208
Resumo: Várias inundações já ocorreram na região da bacia do Rio Capibaribe, a exemplo do evento catastrófico ocorrido em 1975, com intensa destruição das cidades ao longo da calha do rio. Por este motivo é necessário um acompanhamento permanente deste sistema hídrico formado pelo Capibaribe e seus afluentes, assim como das estruturas hidráulicas de controle, para que se minimize a vulnerabilidade das cidades ao longo desta bacia. Nesse contexto, a presente pesquisa desenvolveu a integração entre modelagem hidrológica e operação de reservatórios para a avaliação da eficiência das barragens de Jucazinho, Carpina, Tapacurá e Goitá no que concerne ao controle de cheias. Para isso, buscou-se aprimorar e aplicar o Campus Agreste Watershed Model (CAWM IV), inédito modelo hidrológico concentrado com apenas três parâmetros a calibrar, criado na Universidade Federal de Pernambuco para bacias do semiárido. Em complemento, simulou-se o comportamento das barragens através de um modelo que representa o balanço de massa nos reservatórios. As simulações hidrológicas com o CAWM IV demonstraram resultados aceitáveis a bons para todas as sub-bacias estudadas na bacia do rio Capibaribe, onde os melhores eventos simulados apresentaram coeficiente de Nash-Sutcliffe de 0,80, 0,95, 0,84, 0,99 e 0,55 para as estações luviométricas de Santa Cruz, Toritama, Limoeiro, Paudalho e São Lourenço, respectivamente. Estes resultados encorajam a aplicação deste modelo para as demais bacias de Pernambuco pela sua simplicidade e fácil utilização. A simulação do modelo de operação dos reservatórios também representou satisfatoriamente as vazões de chegada nos postos fluviométricos de Limoeiro, Paudalho e São Lourenço e sinalizou a importância das barragens no controle de cheias para estas cidades. Porém, também se concluiu que, mesmo com a presença das barragens, a cidade do Recife não está completamente imune ao efeito de eventos hidrológicos extremos, como o ocorrido em 2011. E também se observou que, devido a mudanças climáticas, os padrões pluviométricos na bacia do rio Capibaribe podem sofrer alterações aumentando-se a intensidade de eventos hidrológicos extremos.