Avaliação das atividades antimicrobiana, citotóxica e antioxidante de extratos metanólico e aquoso de galhos da Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SILVA, Elys Karine Carvalho da
Orientador(a): SILVA, Márcia Vanusa da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38555
Resumo: A população brasileira tem uma longa tradição no uso de plantas medicinais para o tratamento de diferentes doenças. Dentre as espécies com importância etnomedicinal destaca-se a Anadenanthera colubrina, conhecida popularmente como angico. Com isso, o presente trabalho teve como objetivo determinar as atividades antioxidante, antimicrobiana e antivirulência dos extratos aquoso e metanólico de galhos da A. colubrina. A coleta dos galhos foi realizada no Parque Nacional do Vale do Catimbau, localizado no município de Buíque-PE. A análise fitoquímica dos extratos foi realizada por cromatografia líquida de alta eficiência. Foram determinados os conteúdos de fenóis e flavonoides totais, e o potencial da atividade antioxidante foi avaliado pelos métodos 2,2-difenil-1-picrilhidrazil (DPPH), 2,2'-azino-bis (3-etilbenzotiazolino-6-ácido sulfônico) (ABTS) e atividade antioxidante total. A atividade antimicrobiana foi avaliada através da concentração mínima inibitória (CMI), de ensaios de virulência (produção de estafiloxantina, hemólise bacteriana e resistência ao peróxido de hidrogênio) e testes in vivo com a aplicação dos extratos em larvas infectadas de Tenebrio molitor para avaliar sua capacidade de tratar infecções bacterianas. A possível citotoxicidade dos extratos foi avaliada pelo teste da atividade hemolítica. A análise fitoquímica mostrou que o extrato aquoso apresentou derivados cinâmicos na sua composição e o extrato metanólico alguns derivados cinâmicos e flavonoides. A média do teor de compostos fenólicos foi maior para o extrato aquoso (218,22 mgEAG/g), o que pode estar relacionado com sua alta porcentagem de inibição do radical ABTS e de atividade antioxidante total. Os extratos apresentaram o menor CMI (0,125 mg/mL) quando testados contra a cepa UFPEDA 683 de Staphylococcus aureus, resistente a diversos antibióticos. Os tratamentos com os extratos em larvas de T. molitor não apresentaram toxicidade significativa e aumentaram a sobrevida dessas larvas infectadas. A cepa UFPEDA 683 diminuiu aproximadamente 50% da produção da estafiloxantina quando tratada com o extrato aquoso (0,0625-0,015 mg/mL). No teste de resistência ao peróxido de hidrogênio, a cepa UFPEDA 683 tratada apresentou menor resistência às espécies reativas. Os extratos foram capazes de reduzir a hemólise causada pelo S. aureus e não apresentaram atividade hemolítica nas concentrações testadas (1,0-5,0 mg/mL). Com isso, foi concluído que os extratos, destacando-se o aquoso, demonstram potencial antimicrobiano, corroborando com a utilização popular, além da significante ação antivirulência.