Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
MOURA, Maria Aline Rodrigues de |
Orientador(a): |
ROAZZI, Antonio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia Cognitiva
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38826
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Resumo: |
A capacidade humana de julgar os acontecimentos do cotidiano vem sendo associada a componentes afetivos como a empatia e o apego. No entanto, ainda não foram identificados indícios dessa relação quando as crianças desengajam moralmente, bem como, sobre a congruência entre os níveis comportamental e hipotético da moralidade. Neste sentido, o objetivo geral da presente tese foi avaliar as relações entre o nível de empatia, os estilos de apego, o julgamento, o comportamento e o desengajamento moral em crianças. Foram elaborados quatro artigos, sendo que o primeiro visou adaptar a escala Mechanisms of Moral Disengagement a partir de desenhos ilustrativos para uso em crianças brasileiras. Esse estudo contou com a participação de 244 crianças, dos sexos masculino e feminino, com idades entre 7 e 12 anos, estudantes de escolas públicas da cidade de Petrolina-PE. Para fins de coleta de dados, foi utilizada a escala Mechanisms of Moral Disengagement, a Escala de Empatia para Crianças e Adolescentes e um questionário sociodemográfico. Os resultados revelaram que a versão traduzida da escala possui uma estrutura multidimensional organizada em três fatores. O segundo estudo apresentou os procedimentos de adaptação da Escala de Relações Afetivas de Amizade para crianças, também a partir de desenhos ilustrativos. A amostra utilizada foi a mesma apresentada no primeiro artigo, porém as crianças responderam a Escala de Relações Afetivas de Amizade para Crianças (ERAC), ao invés da escala de desengajamento moral. Os resultados apontaram uma estrutura bidimensional da ERAC, sendo um fator denominado Ansiedade e o outro Evitamento, o que é compatível com os instrumentos que originaram a ERAC. Já o terceiro artigo objetivou verificar a congruência entre o comportamento e o julgamento moral de crianças em situações de cola, trapaça e distribuição de bens. 100 meninos e meninas, com idades entre 7 e 13 anos, participaram desse estudo. A coleta de dados ocorreu a partir de quatro dilemas morais que retratavam situações de seus cotidianos, acompanhados de roteiros de entrevistas semiestruturados, duas tarefas que avaliavam o comportamento moral através de um jogo e do sorteio de cartelas de adesivos, além de um questionário sociodemográfico. Os resultados indicaram que o julgamento moral empregado em situações hipotéticas difere do comportamento moral vivenciado pelas crianças em situações reais. Por fim, o quarto, e último, artigo buscou verificar as relações entre empatia, apego, julgamento, comportamento e desengajamento moral na infância. A amostra utilizada foi a mesma apresentada no estudo III. A coleta de dados utilizou como instrumentos a Escala de Empatia para Crianças e Adolescentes, a Escala de Relações Afetivas de Amizade para Crianças, a 7 Escala de desengajamento Moral para Crianças, quatro dilemas morais que retratavam situações do cotidiano escolar, duas tarefas que avaliavam o comportamento moral, questionário sociodemográfico. Como resultados, observou-se que os sujeitos autônomos apresentaram maiores índices de empatia e apego do tipo seguro. Além disso, o desengajamento moral foi uma variável importante na compreensão de sujeitos pouco empáticos, com apego do tipo inseguro e na distribuição hipotética de bens adquiridos sem esforço pessoal. |