Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
CHAVES, Sulyvan Ítalo Daher |
Orientador(a): |
LIMA, Anna Myrna Jaguaribe de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Fisioterapia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43611
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Resumo: |
Recentemente, um novo surto de doença infecciosa, de caráter pandêmico, denominada COVID-19 fez com que a demanda dos profissionais de saúde aumentasse ainda mais. Neste contexto, medidas de isolamento e distanciamento social foram tomadas para conter o avanço da pandemia, contribuindo para uma possível redução do nível de atividade física. Além disso, as condições de estresse nesse período foram exponencialmente aumentadas, levando ao desenvolvimento de sintomas de ansiedade e depressão, e distúrbios do sono. Objetivo: Verificar associações entre a qualidade do sono, a sonolência diurna excessiva, os sintomas de ansiedade e depressão e o nível de atividade física em profissionais de saúde da linha de frente COVID-19 na região metropolitana do Recife-PE. Trata-se de uma pesquisa de corte transversal, realizada através da aplicação de questionários validados para avaliar qualidade do sono (Índice de qualidade do sono de Pittsburgh-PSQI), sonolência diurna excessiva (Escala de sonolência de Epworth-ESE), sintomas de ansiedade (Inventário de ansiedade de Beck-IAB) e depressão (Inventário de depressão de Beck-IDB) além do nível de atividade física (Questionário internacional de atividade física-IPAQ). Os questionários foram aplicados através de formulário online, divulgados através de mídias sociais. Foram recrutados profissionais de saúde (médicos, fisioterapeutas, enfermeiros e técnicos/auxiliares de enfermagem) que atuavam em unidades hospitalares na assistência a pacientes com COVID- 19. Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20.0, utilizando-se técnicas de estatística descritiva e inferencial. Para análise estatística dos resultados foi atribuído um nível de significância de 5% (p<0,05). Noventa e seis indivíduos completaram o estudo. Foram observadas uma alta prevalência de má qualidade do sono (86,5%) e sonolência diurna excessiva (42,7%). Do total da amostra, 42,8% e 51%, apresentaram algum sintoma de ansiedade e depressão, respectivamente. Quanto ao nível de atividade física, 45,8% dos sujeitos foram classificados como altamente ativo. Foram observadas correlações entre a qualidade do sono com a ansiedade (r = 0,587; p < 0,001) e com a depressão (r = 0,588; p < 0,001), bem como entre a sonolência diurna excessiva com a ansiedade (r = 0,220; p = 0,031) e com a depressão (r = 0,217; p = 0,033). Não foram observadas correlações entre o nível de atividade física e os parâmetros do sono (PSQI: r = 0,180; p = 0,079) (ESE: r = 0,030; p = 0,768). A análise de regressão linear múltipla resultou em um modelo sifnificativo para qualidade do sono [F (2,93) = 28,985; p < 0,001; R2 = 0,384], no qual os sintomas de ansiedade (β = 0,355; t = 2,883; p = 0,005) e depressão (β = 0,307; t = 2,494; p = 0,014) foram fatores preditores da qualidade do sono. Não houve associação entre sonolência diurna excessiva e os sintomas de ansiedade e depressão [F (2,93) = 2,121; p = 0,126; R2 = 0,044]. De acordo com os resultados, a qualidade do sono e a sonolência diurna excessiva foram correlacionados com os sintomas de ansiedade e depressão. Entretanto, apenas a qualidade do sono apresentou associação com os sintomas de ansiedade e depressão, sendo estes preditores da qualidade do sono. O nível de atividade física não foi correlacionado com nenhum dos parâmetros do sono. |