Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
FERRO, Layanne De Oliveira |
Orientador(a): |
SOUZA-MOTTA, Cristina Maria de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Biologia de Fungos
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39393
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Resumo: |
Fungos endofíticos podem ser definidos como microrganismos que habitam o interior de vegetais em alguma ou toda parte do seu ciclo de vida sem que prejuízos sejam notados. A complexidade na interação entre endófito e planta ainda é muito questionada, tornando-se necessários estudos que visem compreender a relação. Um bioma importante a ser explorado é a Mata Atlântica, uma das florestas tropicais mais ricas em diversidade e que possui apenas 2% do seu território protegido por Unidades de Conservação (UCs). Entre as UCs da Mata Atlântica, a Reserva Biológica de Pedra Talhada (REBIO de Pedra Talhadada), situada nos estados de Alagoas e Pernambuco, possui grande diversidade vegetal, onde também se encontra a planta Miconia mirabilis. Endófitos fúngicos são conhecidos por seu potencial biotecnológico através da produção de metabólitos secundários, como a enzima L-asparaginase, importante nas indústrias farmacêutica e alimentícia. O objetivo desse estudo foi determinar a diversidade de fungos endofíticos de M. mirabilis na Reserva Biológica de Pedra Talhada e verificar o potencial dos endófitos na produção da enzima L-asparaginase. O isolamento foi realizado através de coleta de folhas de M. mirabilis em área natural e área antropizada da REBIO de Pedra Talhadada. Após a purificação, os isolados foram identificados por taxonomia morfológica e/ou molecular. Índices ecológicos foram utilizados para estimar riqueza e diversidade das áreas estudadas, e árvores filogenéticas utilizando sequencias de DNA foram construídas para agrupar os fungos endofíticos estudados. Um total de 270 fungos foram isolados, sendo Xylaria o gênero mais frequente, seguido de Colletotrichum e Nemania. O estudo apresentou uma alta taxa de colonização dos fragmentos foliares (>90%) o que pode estar relacionado ao período de estudo (chuvoso) e a área coletada (floresta tropical úmida). Apesar de um alto número de isolados de fungos endofíticos, a diversidade foi relativamente baixa e não mostrou diferença entre as áreas. A dominância de alguns gêneros pode estar relacionada a uma diversidade menor que outros estudos com fungos endofíticos. Novidades taxonômicas são comuns em estudos de comunidades endofíticas sendo a espécie Penicillium alagoense descrita nesse estudo. Alguns fungos foram selecionados e testados quanto a produção da enzima L-asparaginase e o isolado N39 do gênero Diaporthe foi o maior produtor (1,59 U/g). Alguns fungos endofíticos já foram relatados como bons produtores de L asparaginase, sendo os gêneros Aspergillus e Penicillium bastante citados na literatura. Esse foi o segundo estudo que mostra Diaporthe como produtor da enzima. É necessário estudos a respeito da diversidade de fungos endofíticos em plantas ainda não estudadas e nos diversos ecossistemas, ressaltando a importância da conservação desses biomas. A manutenção dos fungos endofíticos em seu hábitat natural é importante para possíveis estudos que ampliem o conhecimento de sua diversidade e distribuição, bem como a utilização desses microrganismos como potenciais produtores biotecnológicos. |