A influência do papel higiênico no tratamento de efluente doméstico em reator UASB

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: GOMES, Devson Paulo Palma
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Engenharia Civil e Ambiental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18735
Resumo: Diversos estudos mostram que há uma tendência mundial de se utilizar o sistema de esgotamento sanitário como destino final de resíduos, que variam desde fármacos, materiais de uso pessoal, até fraldas, absorventes e papel higiênico. Quando se trata da influência do papel higiênico no tratamento de esgotos domésticos, poucas pesquisas foram realizadas. Entretanto, sabe-se que a introdução de novos constituintes nos esgotos sanitários pode exercer influência não somente na coleta e transporte em tubulação, como também no seu tratamento em estações convencionais. Diante desse contexto, a presente pesquisa tem como objetivo avaliar a influência do papel higiênico no tratamento anaeróbio de esgotos sanitários. Para tanto, foram instalados dois reatores tipo UASB de bancada com fluxo contínuo, sendo um deles alimentado com efluente doméstico sintético e papel higiênico em duas concentrações (1 folha dupla/L = 0,42 g/L (FI) e 2 folhas duplas/L = 0,81 g/L (FII)) e o outro apenas com esgoto doméstico sintético. O monitoramento dos reatores indicou que o reator alimentado com papel higiênico - RP apresentou menores eficiências de remoção de matéria orgânica para DQOBruta-Bruta (79% em FI e 75% em FII) quando comparado ao reator controle - RC (83,0 %). Em termos de remoção de sólidos totais, a eficiência foi de 52,54% (em FI) e 64,45% (em FII), para o RP e 19% neste período em relação RC. A partir da análise dos resultados conclui-se que a hidrólise da celulose advinda do papel higiênico, em reatores anaeróbios, justificou uma menor eficiência na remoção de matéria orgânica. Por outro lado, o RP apresentou maior produção de biogás, mostrando que, em condições apropriadas, o tratamento anaeróbio desse tipo de efluente poderá aumentar o potencial de energia a ser aproveitada, em projetos de novas estações de tratamento de efluentes.