Novas moléculas imidazolidínicas: potenciais candidatas a fármacos esquistossomicidas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Cristina Apolinário da Silva, Andréa
Orientador(a): Lins Galdino, Suely
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/2183
Resumo: A esquistossomose é uma doença parasitária crônica das regiões tropicais e subtropicais e está associada a uma alta morbidade da população infectada. A terapia da esquistossomose é feita apenas com um único fármaco, o praziquantel, ativo contra todas as espécies de Schistosoma, e o oxamniquina ativo apenas contra o Schistosoma mansoni. Contudo há relatos na literatura de resistência do parasito ao tratamento para os dois fármacos, gerando uma preocupação a nível mundial e levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) convocar a indústria e os pesquisadores a buscar novos fármacos com esta finalidade. Neste contexto a busca de novos fármacos com atividade esquistossomicida torna-se o objetivo deste trabalho, onde os derivados imidazolidínicos das séries 5-benzilideno-3-benzil-4-tioxo-imidazolidin-2-ona (LPSF/PT), 5-benzilideno-3-(4-metil-benzil)-imidazolidina-2,4-diona (LPSF/MS) e 5-arilazo-4-tioxo-imidazolidin-2-ona (LPSF/PT) foram avaliados in vitro frente a vermes adultos de Schistosoma mansoni (Cepa BH). Dos derivados avaliados in vitro os que apresentaram atividade esquistossomicida, foram os derivados da série 3-benzil-5-(arilazo)-4-tioxo-imidazolidin-2-ona (LPSF/PT). Para a avaliação in vivo, o derivado 3-benzil-5-(4-cloro-arilazo)-4-tioxoimidazolidin- 2-ona (LPSF/PT05) foi administrado oralmente em Tween 80, Tween/óleo/água e em dispersão sólida com 90 % PEG (Polietilenoglicol). Apenas esta última apresentou efeito esquistossomicida. Foram administradas quatro doses: 3, 10, 30 e 100 mg/kg. A redução do número de vermes recuperados foi significativa para a dose de 10 e 30 mg/kg, aproximadamente 50 % e para a dose de 100 mg/kg a redução foi de 68%. A redução do número de vermes na dose de 100 mg/kg corroborou com a resposta imune celular do derivado e levantou a hipótese do seu efeito imunossupressor ser ao nível de resposta Th1 e Th2. Somado a esses dados a resposta histopatológica revelou uma modulação na resposta granulomatosa, produziu uma ação contra o dano hepático causado pela infecção pelo S. mansoni