Taxonomia e distribuição de Demospongiae (porifera) na plataforma continental de Sergipe

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: SANTOS, Joana Carolina Freire Sandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11860
Resumo: As esponjas são organismos que apresentam diversos tipos de associações com outros animais, apresentando um alto potencial econômico voltado para o monitoramento ambiental e principalmente para a extração dos seus compostos bioativos utilizados na confecção de fármacos. O Nordeste do Brasil possui a maior diversidade de poríferos com aproximadamente 270 espécies registradas. Porém, Sergipe ainda permanece relativamente pouco conhecido, com apenas 10 espécies de esponjas marinhas. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo apresentar uma lista das espécies de Demospongiae da plataforma continental de Sergipe, além de mapear a sua distribuição espacial na costa. As coletas foram realizadas no período de 2001 a 2003, onde foram amostradas 18 estações nas isóbatas de 10, 20 e 30 metros, dispostas em seis transectos perpendiculares a costa, através de redes de arrasto. Foram coletados 159 espécimes, resultando em um total de 39 espécies/morfotipos identificados. Destas espécies, 31 são novos registros para o Estado e 12 representam novas espécies para a ciência, sendo uma delas o primeiro registro do subgênero Hymedesmia (Stylopus) para o Atlântico Tropical Ocidental e outra o primeiro registro do gênero Smenospongia para o Brasil. Os poríferos ocorreram na metade das estações amostradas, estando a sua distribuição intrinsecamente relacionada ao tipo de substrato presente na costa. A maioria das espécies identificadas ocorreu em regiões de substrato composto por areia grossa e cascalho, afastadas da costa, enquanto que nas regiões de substrato lamoso ou de areia fina não houve esponjas, ocorrendo poucas exceções. Dessa forma, o presente trabalho ampliou para 41 o número de registros de espécies para Sergipe, contribuindo para o conhecimento sobre a espongiofauna sergipana e brasileira, visto que o estado representava uma lacuna biogeográfica no conhecimento acerca desses animais.