Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
QUEIROZ, Tatyane Veras de |
Orientador(a): |
LAUTERT, Sintria Labres |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia Cognitiva
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/19130
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Resumo: |
Estudo envolvendo a compreensão dos conceitos matemáticos emcrianças e adolescentes surdos tem se tornado relevantedevido à proposta de uma educação inclusiva. A presente pesquisa tem porobjetivoinvestigar o efeito de diferentes formas de apresentação de problemas (português, interlíngua e Libras) e dos suportes de representação (material concreto definido, lápis e papel e representação visual) na resolução de problemas de multiplicação por crianças surdas. Para tal foram entrevistados 88 estudantes, surdos e ouvintes, do Ensino Fundamental de escolas públicas do Recife, alocadosigualmente em quatro grupos (G1 –surdos sem instrução; G2 –surdos com instrução; G3 –ouvintes sem instrução; G4 –ouvintes com instrução), que realizaram quatro tarefas (T1-Sondagem, T2-Português, T3-Interlíngua e T4-Libras, sendo esta última aplicada apenas com os surdos). Os principais resultados foram os seguintes: (a) o efeito da forma como o problema é apresentado:os participantes apresentaram desempenhos diferentes em relação às tarefas (T2, T3 e T4), diferindo em relação àforma como o problema estava escrito ou era apresentado. A forma escrita da Tarefa 2 favoreceu o desempenho dos ouvintes enquanto aforma da Tarefa 3 e Tarefa 4 favoreceu aos surdos; (b) efeito dos suportes de representação de acordo com as situações propostas:osdados apontaram que os suportes interferiram no desempenho juntamente com a forma escrita dos problemas, ou seja, nas tarefas em que o grupo teve dificuldade em relação à escrita, o suporte parecia auxiliar na resolução, como o lápis e papel para os surdos na Tarefa 2. Nas Tarefas 3 e 4, em que os grupos não apresentaram dificuldades, o desempenho em relação aos suportes era semelhante, não havendo diferenças significativas; (c) estratégias adotadas por surdos:dependia do nível de instrução de cada grupo e da situação proposta em cada tarefa, assim, as estratégias mais elaboradas emergiram nos grupos com instrução formal da multiplicação, enquanto que as estratégias mais simples foram adotadas por grupos sem instrução. A partir desses resultados, é possível dizer que aproximar a forma de apresentação dos enunciados matemáticos à realidade dos surdos contribui para o desempenhoe para o surgimento de estratégias mais elaboradas, principalmente quando associada a alguns suportes de representação, como o material concreto definido (para os sem instrução) e o lápis e papel (para os com instrução). Portanto, é necessário pensar em rotas alternativas de ensino, em salas de aula inclusivas, para aquisição de conceitos matemáticos por surdos. |