Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
SODRÉ, Felipe Arruda |
Orientador(a): |
ASSIS NETO, Fernando Raul de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6297
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Resumo: |
Abrimos a nossa dissertação expondo o quadro geral em que se insere a questão da distinção entre o conhecimento matemático e o filosófico, porque só assim é que conseguimos visualizar o momento de inflexão da História da Filosofia que tal distinção representa. Na verdade, ela vai de encontro ao movimento natural da tradição filosófica inaugurada pelo projeto cartesiano da Mathesis Universalis, e nisto reside a sua importância, pois ela é uma das maiores conseqüências daquilo a que Kant chamou de Revolução Copernicana . Dessa maneira, o nosso primeiro capítulo é responsável pela exposição geral da origem metafísica da necessidade de demarcação que a construção permite fazer entre a Física, a Matemática e a Filosofia. Neste sentido, como o objetivo desta dissertação é apresentar a construção como critério de demarcação entre o conhecimento filosófico e o matemático, então, no segundo capítulo, partimos da descrição que a arquitetônica da razão pura faz da ordem em que se encontra a disposição humana de todo conhecimento puro, pois só assim a Crítica da Razão Pura poderá lançar as bases da noção de construção matemática e, ao mesmo tempo, servir para o estabelecimento do sentido do conhecimento filosófico. Por outro lado, no terceiro capítulo, será preciso compreender a classificação kantiana das Categorias em matemáticas e dinâmicas, já que apenas assumindo esse aspecto é que se esclarece o significado da construção como uma característica exclusiva da Matemática. Assim, o quarto capítulo porque pressupõe o contexto filosófico do primeiro capítulo, as condições da concepção kantiana do ato de construir do segundo capítulo e a apresentação da construção como uma característica exclusiva da Matemática feita no terceiro capítulo obrigatoriamente explicita a construção como aquilo que demarca as fronteiras entre o conhecimento matemático e o conhecimento filosófico, impedindo que o método dogmático das ciências conduza ao dogmatismo filosófico. Portanto, se por um lado, no segundo e no terceiro capítulos os nossos esforços visaram ao esclarecimento do aspecto positivo da construção, já que nesse sentido ela fundamenta juntamente com outros fatores todo o conhecimento científico, por outro lado, o primeiro e o quarto capítulos expõem o aspecto negativo da construção, revelando que o papel da Filosofia é eminentemente crítico e sistemático |