Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
dos Santos Nunes, Erika |
Orientador(a): |
Tereza dos Santos Correia, Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1625
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Resumo: |
Lectinas são proteínas ou glicoproteínas de origem não imune cuja ligação reversível e específica a carboidratos resulta em aglutinação celular. Bothrops leucurus, serpente da Família Viperidae, representa um sério problema médico para a região Nordeste do Brasil. Uma lectina ligante de galactosídeo (BlL) foi purificada do veneno da serpente Bothrops leucurus através da combinação de cromatografia de afinidade e gel filtração. BlL aglutinou eritrócitos de coelho e humano, com preferência para eritrócitos de coelho, sendo especificamente inibida por galactose, rafinose e lactose, bem como por glicoproteinas. BlL é uma proteína ácida, com massa molecular de 30 kDa e composta de duas subunidades de 15 kDa, exibiu dependência de cátions divalentes, foi principalmente ativa em pH 4.0 a 7.0 e termoestável até 70°C. O espectro de emissão de fluorescência mostrou resíduos de triptófano completamente encobertos na sua estrutura. Dicroísmo Circular de BlL foi típico de uma proteína toda estrutural. BlL mostrou ser efetivo contra bactérias gram-positivas (Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis e Bacillus subtilis). A atividade antitumoral de BlL foi avaliada em relação ao seu potencial citotóxico em linhagem tumoral (K562, Hep-2 e NCI-H292) e quanto à sua capacidade hemolítica. BlL apresentou uma significante atividade citotóxica em todas as linhagens tumorais testadas e não exibiu atividade hemolítica na máxima concentração testada (2000 μg/mL). Além disso, foi realizada em células K562, a análise da externalização da fosfatidilserina e potencial de membrana mitocondrial, utilizando microscópio de fluorescência. Tratamento com BlL induziu externalização da fosfatidilserina e despolarização mitocondrial, indicando morte celular por apoptose. Após irradiação gamma, BlL apresentou mudanças estruturais e teve sua atividade hemaglutinante significante alterada. SDS-PAGE indicou que a irradiação causou fragmentação e com posterior agregação da lectina. A análise em cromatografia de fase reversa revelou fragmentação estrutural. A atividade citotóxica de BlL em linhagens tumorais (K562, Hep-2 e NCI-H292) foi abolida após irradiação, indicando que a irradiação de BlL se mostrou uma eficiente estratégia para inativar sua atividade citotóxica. Esses achados demonstram que o veneno de B.leucurus contem uma lectina ligante de galactosídeo com potencial promissor para aplicação terapêutica e biotecnológica |