Como os estudantes lidam com diferentes representações?: Um estudo com o bingo dos números racionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: SILVA, Amanda Rodrigues Marques da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Educacao Matematica e Tecnologica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25106
Resumo: Esse estudo investigou o uso de um jogo para identificar como estudantes do 6º ano do ensino fundamental lidam com diferentes representações de números racionais. O marco teórico da pesquisa é a Teoria dos Campos Conceituais que permite analisar os conhecimentos mobilizados pelos sujeitos e as representações simbólicas utilizadas no enfrentamento de situações. O jogo é o Bingo dos Números Racionais, desenvolvido em 2012, na UFPE, no âmbito do Projeto Rede “Jogos no ensino da matemática a partir de sucata”. A revisão de literatura abordou questões sobre usos e papeis dos jogos na sala de aula, o ensino e a aprendizagem de números racionais. O dispositivo experimental consistiu na observação de partidas jogadas em duplas e na realização de entrevistas individuais com estudantes de uma escola situada na Zona da Mata, em Pernambuco. As partidas e as entrevistas foram videogravadas. A análise a priori das representações que compõem as cartelas do jogo permitiu mapear conhecimentos passíveis de serem mobilizados na identificação das representações e subsidiou a escolha das cartelas utilizadas nas partidas. Com base nos dados obtidos nas partidas, foram elaboradas seis questões para entrevistas individuais, no contexto do jogo, incluindo tipos de representações não contemplados nas cartelas. Foram mapeados alguns teoremas-em- ação falsos utilizados pelos estudantes, como o que considera que a representação decimal m,n corresponde ao mesmo número que a representação fracionária , onde m é um número natural e n é um número natural diferente de zero. Observou-se que na identificação de representações figurativas, apoiadas na área de figuras, alguns sujeitos desconsideram a necessidade de que as partes da figura tenham mesma área. Percebeu-se também a dificuldade de mobilizar o conceito-em-ação de frações equivalentes, bem como a dificuldade de relacionar porcentagem com representações diferentes da simbólico-numérica percentual. O jogo mostrou-se adequado para o trabalho no 6º ano, oferecendo desafio satisfatório para os estudantes nesse nível de escolaridade. Foi possível manter o caráter lúdico do jogo, os estudantes permaneceram ativos no jogo durante as partidas, respeitaram as regras, formularam hipótese e buscaram formas de validá-las.