Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
ABREU, Paula Daniella de |
Orientador(a): |
ARAÚJO, Ednaldo Cavalcante de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Enfermagem
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30985
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Resumo: |
No tocante a trajetória de vida das mulheres transexuais jovens, a emergência das Representações Sociais sobre o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) surge como um importante fenômeno social a ser analisado, visto que elucidou as mulheres transexuais, que vivem com o HIV/aids, significações e condutas ameaçadoras à saúde física e psíquica. Os impactos históricos, sociais, culturais e da política de Estado mínimo dos países mais acometidos pela epidemia do HIV/aids, refletem as desigualdades que envolvem tanto a coesão das classes sociais (sexismo e racismo), quanto o capital social desigual, sendo a vulnerabilidade individual, social e programática fatores limitantes para o alcance da vida saudável. Mediante a emergência de visibilidade, é imprescindível reconhecer os indícios do surgimento e operacionalização das representações sobre o HIV/aids à luz da Teoria das Representações Sociais, a fim de analisar o processo saúde/doença, para a promoção do cuidado integral à saúde das mulheres transexuais jovens. O presente estudo foi conduzido a partir do questionamento: quais as representações sociais de mulheres transexuais (con)vivendo com HIV/aids? Assim, objetivou analisar as representações sociais de mulheres transexuais con(vivendo) com HIV/aids. Para tanto, realizou-se um estudo qualitativo, descritivo e exploratório ancorado à Teoria das Representações Sociais. O universo representacional estudado foi composto por 6 mulheres transexuais soropositivas. O cenário do estudo foi um hospital de referência para pessoas com HIV/aids, localizado no município de Recife, Pernambuco, Brasil. Para a produção dos dados, foram realizadas entrevistas semiestruturadas, analisadas com o auxílio do software Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires, versão 0.7. Esse estudo seguiu os trâmites éticos e legais para a realização. Os resultados apresentaram o universo representacional das mulheres transexuais que vivem com HIV/aids a partir das classes: pensamento social e o processo saúde/doença; subjetividade e enfrentamento identitário e determinação social e o contexto de vulnerabilidade. A identificação das representações sociais das mulheres transexuais sobre o HIV/aids elucidou significações de culpabilização, além das ideias de predestinação e naturalização da doença ao grupo. O conhecimento do senso comum aliado ao científico possibilitou confrontar tendências, mudanças sociais e trajetórias ideológicas nas relações entre as mulheres transexuais jovens e a sociedade mediante o enfrentamento da epidemia. |