Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
DIAS, Janaína Gaia Ribeiro |
Orientador(a): |
LAUTERT, Sintria Labres |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia Cognitiva
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/54812
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Resumo: |
A anemia falciforme (AF) é reconhecida como um problema global de saúde pública pela Organização Mundial de Saúde (OMS), associado a alterações fisiológicas e cognitivas. Há registros de maiores dificuldades acadêmicas em estudantes com AF, quando comparados com os da mesma faixa etáriasem este quadro clínico, bem como de déficits na memória operacional, velocidade de processamento e outros componentes cognitivos relevantes para o desenvolvimento de habilidades aritméticas. Pesquisas sobre avaliação cognitiva de estudantes com AF no cenário internacional indicam dificuldades de aprendizagem no geral e em matemática, sendo esta últimapouco investigada no Brasil. Assim, o estudo avaliou as capacidades cognitivas e o desenvolvimento na aprendizagem de habilidades aritméticasde estudantes do Ensino Fundamental entre 6 e 11 anos diagnosticados comAF. A metodologia incluiu um total de 50 participantes, entre Grupo Clínico (n=25)e GrupoControle (n=25), sendo este último representado por criançassaudáveis. Os participantes de ambos os grupos foram avaliados individualmente quanto às capacidades cognitivas: memória operacional, memória visuoespacial, velocidade de processamento, coordenação motora fina, visão de cores e habilidades aritméticas. A execução do estudo incluiuos instrumentos: N-Back Visual; Teste Figuras Complexas de Rey; FDT – Teste dos Cinco Dígitos; Teste dos Nove Pinos; Farnsworth Lanthony Combined D-15 Test e Caderno de Atividades Aritméticas, sendo este último elaborado para essa investigação. Além da aplicação dos instrumentais, foi realizada uma entrevista com a neurologista responsável pela realização doexame Dopplernas criançasparticipantes com AF e um estudode caso comuma criança de 11 anos, avaliada pela primeira vez aos 6 anos, quando voluntária da pesquisa de Mestrado da proponente. Os resultados obtidos através dos instrumentos foram analisados de acordo com seus respectivos manuais técnicos, bem como a análise dos programas estatísticos SPSS (versão 25.0) e Factor Analysis (versão 11.05.01). O Grupo Clínico apresentou desempenho significativamente inferior (p≤0,05) quando comparado com o Grupo Controle, em memória operacional e motricidade fina, ambos para tempo de execução; velocidade de processamento; visão de cores dessaturadas, com maior índice de confusão, além de habilidadesaritméticas na pontuação geral. Ao observar os resultados por grupo e faixaetária, a análise não revelou diferenças significativas, as quais podem estarrelacionados ao tamanho reduzido da amostra. No que se refere às correlações entre as avaliações neuropsicológicas e aritméticas, nas crianças com AF, registram-se déficits identificadospara velocidade de processamento, memória operacional,memória recente e memória visuoespacial.Investigaçõesdestanatureza podemauxiliarna compreensão dos comprometimentos cognitivos de estudantes com AF, no decorrer do desenvolvimento e contribuir na construção de estratégias nos campos neuropsicológico e pedagógico que atendam às peculiaridades desse grupo. |