Atividade antagônica de actinomicetos contra Botrytis cinerea, patógeno da videira (vitis sp.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Ribeiro de Oliveira, Sibele
Orientador(a): Verônica Souza Livera, Alda
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1511
Resumo: O uso de produtos químicos no combate a doenças causadas por fungos fitopatogênicos, além de ter um alto custo, ocasiona problemas ao meio ambiente e ao homem, determinando graves danos à biota natural do solo, além de contribuir para o desenvolvimento da resistência microbiana. O controle biológico, utilizando actinomicetos produtores de antibióticos, é uma alternativa para estes problemas. Avaliou-se in vitro o potencial de antagonismo de actinomicetos, pertencentes a Coleção de Culturas do Departamento de Antibióticos da UFPE, com reconhecida atividade antifúngica, contra dois isolados de Botrytis cinerea, patógeno da videira (Vitis sp). A atividade antifúngica foi determinada pelos métodos do bloco de gelose, difusão em disco de papel e unidade de Waksman. Das 63 linhagens testadas, 19 apresentaram atividade, pelo teste do bloco de gelose. Destas, cinco mostraram halos iguais ou superiores a 40 mm de diâmetro para pelo menos um dos isolados e foram selecionadas para o teste de difusão em disco, em meios convencionais de produção de antibióticos (MPE e M-1) e meios alternativos utilizando resíduos das indústrias do milho (milhocina) e da cerveja (cevada). Foram formulados cinco meios alternativos, contendo diferentes concentrações de nitrogênio. As linhagens DAUFPE-8631B e DAUFPE- 11470, destacaram-se nos meios convencionais, apresentando os maiores halos de inibição nos tempos de 96 e 72 horas de fermentação, respectivamente e foram testadas com os meios alternativos. Taxonomicamente, as linhagens pertencem ao gênero Streptomyces. Os meios à base de milhocina mostraram melhores resultados, destacandose o meio Mi-2, (concentração de nitrogênio igual a do meio M1). O estudo fitoquímico do extrato bruto da linhagem DAUFPE-11470 demonstrou a predominância de fenóis, flavononas, flavonóis, xantonas e bases quaternárias. Os resultados obtidos permitem concluir que as linhagens DAUFPE-8631-B e DAUFPE-11470 de Streptomyces, são potencialmente utilizáveis no controle biológico de Botrytis cinerea, e que a milhocina pode substituir a farinha de soja como fonte de nitrogênio nos meios de produção, constituindo uma alternativa viável, na eliminação dos problemas causados pelo óleo da soja, na extração do princípio ativo