Avaliação da atividade cicatrizante, antioxidante e antibacteriana do ácido salazínico extraído do líquen Ramalina complanata

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Bruno de Luna
Orientador(a): FALCÃO, Emerson Peter da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13007
Resumo: Os líquens são uma associação simbiótica entre fungos e algas, que apresentam potencial medicinal, como agentes anti-hipertensivos, antitumorais, antivirais, anti-inflamatórios e antiparasitários. O ácido salazínico é uma depsidona derivada da β-orcina, presente na maior parte das espécies do gênero Ramalina spp. Estudos publicados em periódicos relatam propriedades antimicrobianas, fotoprotetoras frente a raios UVA, anti-inflamatórias, antioxidantes. Os objetivos deste estudo foram avaliar a atividade cicatrizante, antioxidante e antibacteriana do ácido salazínico extraído do líquen Ramalina complanata. Para a avaliação dos efeitos biológicos no modelo de ferida excisional foram usados camundongos albinos swiss submetidos à uma confecção de ferida cirúrgica. Após o procedimento operatório, os camundongos foram organizados em diferentes grupos de tratamento (Grupo Controle Negativo; Grupo Controle Positivo; Grupo Ácido Salazínico 0,3% e o Grupo Ácido Salazínico 1%). Em cada grupo houve sacrifício dos seis animais no 3º, 7º e 14º dias pós-cirúrgico para avaliação da lesão e do processo de cicatrização da ferida. Para a avaliação da atividade antioxidante, foi utilizado o método de captura de radicais DPPH. A avaliação da atividade antibacteriana do ácido salazínico foi realizada através do método de difusão em disco de papel, frente as cepas de Escherichia coli, Enterococcus faecalis, MRSA, Klebsiella pneumoniae, Bacillus subtilis, Salmonella typhimurium, Acinetobacter baumannii, Shigella felxneri, Citrobacter freundii, Serratia marcescens, Enterobacter cloacae, e dois isolados clínicos de MRSA. Os resultados apontam que o ácido salazínico na concentração de 1% apresenta efeito cicatrizante semelhante ao padrão utilizado, embora não tenha havido significância estatística. O ácido salazínico apresentou um potencial anti-radicalar, surgindo como alternativa de antioxidante natural, com uma EC50% de 0,3027 mg. O ácido salazínico não apresentou ação antibacteriana frente às cepas utilizadas neste estudo.