Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
LACERDA, Marco Aurélio de Sousa |
Orientador(a): |
KHOURY, Helen Jamil |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9723
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Resumo: |
No presente trabalho foi realizado um levantamento das condições de radioproteção e das doses recebidas pelos pacientes pediátricos em exames radiográficos convencionais realizados em instituições da cidade de Belo Horizonte, MG. Quatro hospitais com alta demanda de exames de radiodiagnóstico pediátrico foram selecionados para a realização do trabalho. Foram acompanhados os exames de tórax e seios da face em 942 pacientes, que resultaram em 1536 procedimentos radiográficos. Inicialmente, foram efetuadas as avaliações das instalações radiológicas dos hospitais selecionados, que envolveram os testes de desempenho dos equipamentos, bem como a avaliação das condições de radioproteção. A partir dos valores dos rendimentos dos tubos de raios X e dos parâmetros das técnicas radiográficas empregados nos exames foram estimados os valores de Kerma no ar na superfície de entrada (Ka,e) e do Produto Kerma no ar-área (PK,A). As doses nos órgãos mais expostos e dose efetiva foram estimadas com o software PCXMC®, a partir dos dados antropométricos, parâmetros de irradiação e do Kerma no ar incidente (Ka,i). Foi constatado que os parâmetros de irradiação empregados nos exames de tórax e seios da face não estão de acordo com os dois principais guias de boas práticas em radiologia pediátrica. O emprego de tensões baixas e tempos de exposição / cargas altas são comuns em todos os hospitais. Os altos valores de carga empregados estão normalmente associados aos baixos rendimentos dos aparelhos, uso desnecessário de grades anti-espalhamento e restrições dos temporizadores dos equipamentos de raios X que não são apropriados para a realização de exames em pacientes pediátricos. Cerca de 75% dos exames de tórax incidências antero-posterior (AP) e postero-anterior (PA) em pacientes entre 1 e 5 anos de idade forneceram valores de Ka,e inferiores a 100 μGy. Para pacientes com idades entre 5 e 10 anos, esse percentual foi de aproximadamente 55%. No caso dos exames de tórax incidência lateral (LAT), cerca de 70% dos exames realizados em pacientes com idades entre 5 e 10 anos forneceram valores de Ka,e inferiores a 200 μGy. No caso de pacientes com idades compreendidas entre 1 e 5 anos, esse percentual foi superior a 80%. Nos exames de seios da face incidências fronto-naso (FN) e mento-naso (MN), mais de 70% dos exames realizados em pacientes menores de 10 anos forneceram valores de Ka,e superiores a 1000 μGy. Os valores de PK,A encontrados em exames de tórax AP/PA/LAT, realizados em pacientes maiores de 1 ano de idade foram, normalmente, superiores a 2 cGy.cm2. Para pacientes entre 10 e 16 anos, o PK,A foi superior a 10 cGy.cm2. Nos exames de seios da face FN/MN, realizados em pacientes maiores de 1 ano de idade, os valores de PK,A foram, geralmente, maiores que 5 cGy . cm2. Para pacientes entre 10 e 16 anos de idade, cerca de 70% dos exames forneceram valores de PK,A maiores que 10 cGy . cm2. As doses nos órgãos e doses efetivas estimadas nos exames analisados mostraram a importância da colimação do campo de raios X, uma vez que tanto nos exames de tórax AP/PA/LAT, quanto nos exames de seios da face FN/MN, órgãos que não deveriam estar integralmente dentro do campo de radiação receberam doses relativamente altas. Exemplo disso é o caso da tireóide, órgão de moderada radiosensibilidade que, em um dos hospitais que utiliza cilindro de colimação nos exames de seios da face, recebeu dose menor que nos demais hospitais, apesar dos valores de Ka,e nesse hospital terem sido substancialmente maiores. Comparando os resultados encontrados no presente trabalho com levantamentos dosimétricos realizados em outras instituições do Brasil e exterior, constatou-se que os valores de Ka,e estimados foram abaixo dos encontrados em algumas instituições brasileiras e de países do primeiro mundo, como Inglaterra, Espanha e Itália. No entanto, os valores de PK,A e dose efetiva foram substancialmente maiores que os encontrados em outras instituições. Os resultados, de uma maneira geral, ressaltam a necessidade da otimização dos procedimentos radiográficos, com vista a diminuir a dose e, consequentemente, o risco para os pacientes pediátricos submetidos a exames convencionais nas instalações de Belo Horizonte |