Se movimentar sozinho, conhecer seus próprios caminhos: representações sociais de migração por jovens universitários que estudam no agreste pernambucano.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: SILVA, Poliana Dias da
Orientador(a): CRUZ, Fatima Maria Leite
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFPE
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Psicologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18750
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo compreender os sentidos de migração compartilhados por jovens que migraram para estudar no interior do estado de Pernambuco. À luz da Teoria das Representações Sociais, intentou-se destacar as motivações de jovens advindos das zonas rurais e urbana, e analisar os reflexos psicossociais e formativos na identidade. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, que teve como procedimentos metodológicos: a) questionário socioeconômico e cultural, para levantar o perfil destes ingressantes; b) Questionário de Associação Livre (QAL); e c) entrevista semiestruturada com jovens de 18 a 25 anos que migraram com o objetivo de cursar uma graduação em instituições de ensino superior localizadas na mesorregião do Agreste de Pernambuco. A análise dos dados foi apoiada pela Análise de Conteúdo de Bardin e pelo software EVOC. Os achados apontam para o fenômeno da migração representado pela mudança, adaptação, dificuldade e oportunidade, sendo nesse contexto, mobilizadora de adaptações e construções identitárias que solicitam ao jovem universitário posicionamentos “do mundo adulto”. A migração surge como contingência para estudar, uma vez que a universidade no interior se mostra como oportunidade para se alcançar conhecimentos necessários para mobilidade social, e a escolha do curso foi motivada pela comodidade e disponibilidade de oferta. A necessidade de realizar o curso que estava disponível, pela proximidade da instituição com a localidade de origem, surge como possibilidade de realizar um sonho de ter um curso superior. Assim, a escolha profissional fica submetida às possibilidades que são ofertadas nos cursos superiores que foram interiorizados pelas políticas públicas de expansão e democratização da educação superior, sendo a migração o resultado da tarefa de uma limitada análise entre oportunidade local, tanto educativa como ocupacional, e a condição econômica dos estudantes.