O comportamento socioambiental de empresas do arranjo produtivo local de confecções do Agreste pernambucano, na percepção de seus principais stakeholders

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: de Fátima Silva Oliveira Santos, Claudinete
Orientador(a): Regina Pasa Gómez, Carla
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1185
Resumo: O Desenvolvimento Local tem por estratégia inovadora os Arranjos Produtivos Locais (APLs), que são redes sociais nas quais seus stakeholders interagem por meio de coopetição, inclusive as Micro e Pequenas Empresas. Elas precisam se adaptar às expectativas da sociedade e pressão dos stakeholders quanto a sua Responsabilidade Socioambiental em produtos e processos, refletindo no seu Comportamento Socioambiental Empresarial (CSAE), que pode ser avaliado por instrumentos de gestão como indicadores socioambientais. Assim, o propósito dessa pesquisa é analisar como ocorre o comportamento socioambiental de empresas do Arranjo Produtivo Local (APL) de Confecções do Agreste Pernambucano, apontadas por seus principais stakeholders, mediante instrumento de avaliação para arranjos produtivos locais, construído a partir da adaptação do conjunto de Indicadores de Responsabilidad Social para Cooperativas de Usuarios/Asociados do IARSE (2007). Para tanto, foram discutidos no arcabouço teórico: a Responsabilidade e o CSAE, suas Dimensões e Instrumentos de Gestão como os indicadores de Responsabilidade Social para cooperativas proposto pelo IARSE (2007) e para empresas do Instituto Ethos (2007); a Teoria dos Stakeholders e as suas Estruturas de Influência em Redes propostas por Rowley (1997); e os APLs e seus Instrumentos de Gestão. Foi realizado um estudo de caso qualitativo com pesquisa bibliográfica e documental, aplicação de questionários com perguntas fechadas, entrevistas semi-estruturadas e observação direta não-participante, tendo análise por empresa e do grupo de empresas pesquisado. Os resultados indicaram que: 1) o mapeamento da rede social do APL de Confecções apresentou relações de influência entre stakeholders, tendência de aumento da centralidade pela circulação de informações e pouca densidade ou capacidade de intermediação social; 2) a identificação dos principais stakeholders (definitivos) do APL estudado são os articuladores da sua rede: Confecções e Lavanderias, SENAI-PE, SEBRAEPE e AD DIPER, dotados de maior densidade e centralidade pela sua elevada capacidade de aproximação e intermediação com outros atores; 3) o recall da pesquisa identificou as empresas relevantes pelos stakeholders ao desenvolvimento do APL, tendo a predominância da dimensão econômica em critérios de competitividade; 4) a adaptação da ferramenta gráfica do Instituto Ethos (2001) e do conjunto de indicadores do IARSE (2007) permite o acompanhamento sistemático da evolução comportamental nos sete temas socioambientais em análise individual ou por grupo empresarial; 5) em sua maioria, o CSAE apresenta preocupação com a legislação vigente, ausência de disseminação de valores organizacionais, gestão participativa dos funcionários, boas relações com sindicatos e associações, soluções fim-de-tubo para impactos ambientais, práticas de mercado com fornecedores, políticas de comunicação para resultados financeiros, ações filantrópicas à comunidade, e participação dos empresários na vida sociopolítica local. Assim, as empresas Kikorum Jeans Wear, Iska Viva, Adágio Jeans Wear, DTS Jeans Wear e Ateliê apresentam CSAE Reativo, a Rota do Mar e a Lavanderia Mamute demonstram CSAE Defensivo, e a Magda Moda Íntima, CSAE Estratégico; e 6) verificou-se na comparação dos resultados por empresa que o CSAE do grupo é Reativo na análise dos temas socioambientais, demonstrando desequilíbrio entre as dimensões da RSE devido à ênfase na atuação empresarial nos temas Público Interno, e Governo e Sociedade