Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
FARIAS, Daniella Rodrigues de |
Orientador(a): |
NOGUEIRA, Maria Aparecida Lopes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/473
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Resumo: |
Neste trabalho buscamos identificar o que talvez pudesse ser considerado por muitos como razões pouco usuais ou contraditórias para o grande número de conflitos que se agregaram no entorno da (in)constitucionalidade da utilização de embriões humanos nas pesquisas que visam a obtenção de linhagens de células-tronco embrionárias no Brasil. Para tanto, desfizemo-nos de acordos tácitos como o que transformava a Igreja Católica no principal algoz destes estudos, para nos indagar sobre quais outras entidades poderiam estar envolvidas com igual força política, em todos estes imbróglios. Nossa suposição era a de que tão importante quanto os discursos da Igreja Católica no fomento a tais controvérsias se revelaria o papel desempenhado pelos próprios cientistas brasileiros, quando analisada a comunicação por eles estabelecida com a população leiga ao longo do processo que levou à aprovação final pelo Supremo Tribunal Federal do Artigo 5º da Lei de Biossegurança brasileira, em fins de Maio de 2008. Assim, por intermédio de um vasto banco de dados e o auxílio teórico da Antropologia Simétrica, pudemos apreender que, de fato, o diálogo entre ciência e sociedade fora bastante exíguo, muito aquém do que a importância destas pesquisas poderia representar para a pesquisa e a saúde pública locais e, do mesmo modo, inferior à necessidade de tais pesquisadores cooptarem a população em prol de seus estudos (o que, certamente, facilitaria a obtenção de recursos, etc.). Mais do que isso, pudemos entender que subjaz a essa notória dificuldade de intercâmbio entre cientistas e não cientistas, o demasiado apego às concepções modernas de ciência e, consequentemente, à manutenção de dualismos cartesianos tais como: laboratório x sociedade; sujeito x objeto, fato x valor e natureza x cultura. Por conseguinte, pudemos interpretar que, afora o vitalismo religioso circundante, um certo vitalismo proveniente do próprio coração da ciência brasileira pode ter sido, paradoxalmente, a maior fonte para tantas controvérsias |