Quitosana produzida por Syncephalastrum racemosum UCP 1302 usando resíduos agroindustriais: caracterização e aplicação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: LEITE, Marcela Vieira
Orientador(a): CAMPOS-TAKAKI, Galba Maria de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24327
Resumo: Syncephalastrum racemosum UCP 1302, fungo filamentoso da classe Zygomycetes, isolado de solo da Caatinga de Pernambuco, Brasil, caracterizado por apresentar polímeros de β1,4-D-glicosamina (quitosana) e N-acetil-D-glucosamina (quitina) nas paredes celulares, o qual foi investigado o potencial biotecnológico na produção de quitosana utilizando diferentes resíduos agroindustriais (bagaço da cana-de-açúcar, cascas de tangerina, de abacate e de banana). Neste sentido, foram realizadas fermentações submersas com os diferentes resíduos agroindustriais de baixo custo, suplementados com milhocina (resíduo do processamento do milho), empregando planejamentos fatoriais, na produção de biomassa e quitosana. Como variáveis respostas foram avaliados o pH, produção de biomassa e produção de quitosana. A partir da biomassa liofilizada foi realizada a extração da quitosana, utilizando tratamento álcali-ácido. A caracterização da quitosana foi realizada por espectroscopia vibracional vibracional na região do infravermelho para determinação do grau de desacetilação, e peso molecular por viscosidade, além de avaliar a atividade antibacteriana e antifúngica. Os resultados obtidos indicaram como resultados mais promissores as fermentações com casca de tangerina (Citrus reticulata ), correspondendo a 25g/L de biomassa e 30mg/g de quitosana; seguido de bagaço de cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.) produzindo 32g/L de biomassa e 25mg/g de quitosana; casca de banana ( Musa paradisíaca L.) com 18g/L de biomassa e 25mg/g de quitosana e por último casca de abacate (Persea americana) produzindo 17g/L de biomassa e 16,4mg/g de quitosana. As quitosanas analisadas demonstraram um bom grau de desacetilação e médio a baixo peso molecular com valores de 80% e 7,36 x 10-3 g/mol (bagaço da cana-de-açúcar), 78% e 3,29 x 10-4 g/mol (casca tangerina), 74,3% e 1,42 x 10-4 g/mol (casca banana), 70% e 2,97 x 10-4 g/mol (casca abacate). Nos testes de atividade antimicrobiana observaram-se atividades semelhantes para Staphyloccocus aureus, Escherichia coli, Candida albicans, C. pelliculosa e C. tropicalis para as quitosanas obtidas em fermentações com cascas de tangerina, abacate e banana; contudo, a quitosana extraída do cultivo com bagaço de cana-de-açúcar apresentou atividade apenas para as leveduras. Portanto, os resultados obtidos demonstram serem promissores, considerando o potencial antimicrobiano das quitosanas produzidas a partir de resíduos agroindustriais.