Análise da força muscular e mobilidade do tronco de indivíduos pós-acidente vascular encefálico e sua relação com a função respiratória

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Melo, Priscilla Gonçalves de
Orientador(a): Laurentino, Glória Elizabeth Carneiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10864
Resumo: Avaliar os músculos e a mobilidade do tronco de indivíduos hemiparéticos crônicos e comparar com indivíduos saudáveis de mesma faixa etária e verificar sua relação com a força muscular respiratória e a espirometria. Material e Métodos: Estudo observacional, com comparação de dois grupos, onde foram avaliados 20 hemiparéticos crônicos e 20 indivíduos saudáveis. Foram avaliadas a força muscular respiratória (PImax e PEmax), e a esperiometria (CVF, VEF1, média do fluxo expiratório forçado entre 25% e 75% - FEF25-75% e o Pico de Fluxo Expiratório - PFE). Foi mensurada a força dos músculos extensores e flexores (anteriores e laterais) do tronco, e mobilidade do tronco (flexão anterior, flexão lateral e extensão). Resultados: O grupo de hemiparéticos foi composto de 10 homens e 10 mulheres e o grupo de indivíduos saudáveis oito homens e 12 mulheres. Os hemiparéticos, quando comparados ao grupo de saudáveis, apresentaram diferenças significativas nas variáveis PImax (p<0,0001), PEmax (p<0,0001), VEF1 (p=0,01), PFE (p=0,02), e FEF25-75% (p=0,03). Da mesma forma, as medidas de força muscular e de mobilidade do tronco dos hemiparéticos apresentaram valores inferiores significativamente. Correlações positivas e significativas foram encontradas entre as medidas de força dos músculos extensores do tronco com a PEmax (rs=0,53; p=0,02), VEF1 (rs=0,52; p=0,02) e capacidade vital forçada - CVF, (rs=0,58; p=0,01). Já a força de flexão lateral do lado não parético se correlacionou com as medidas de PEmax (rs=0,63; p=0,01), CVF (rs=0,48; p=0,03), VEF1 (rs=0,48; p=0,03), PFE (rs=0,51; p=0,02) e FEF25-75% (rs=0,54; p=0,01). Também foram observadas correlações positiva entre a mobilidade de extensão do tronco com a PEmax (rs=0,45; p=0,02) e entre a mobilidade de flexão anterior com a CVF (rs=0,46; p=0,04). Conclusão: indivíduos pós AVE apresentam diminuição das medidas de força muscular e mobilidade do tronco e da função pulmonar. Correlações positivas entre medidas de força muscular e mobilidade do tronco com a função respiratória foram observadas. Sendo assim, para elaboração de programas de tratamento, faz-se necessário a inclusão da avaliação do segmento do tronco e função respiratória como rotina clínica para subsidiar na reabilitação destes indivíduos.