Estudo do balanço hídrico na bacia do Rio Pajeú utilizando o modelo SWIM

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SILVA, Ana Lígia Chaves
Orientador(a): AZEVEDO, José Roberto Gonçalves de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Engenharia Civil
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37037
Resumo: Considerando a realidade das secas e dos baixos fluxos de vazão, presentes principalmente na região Nordeste do Brasil, se torna imprescindível estudar o balanço hídrico desta região, analisando os efeitos das mudanças do uso da terra, do clima e da gestão da água sobre as bacias hidrográficas. Para auxiliar nesta atividade, os modelos hidrológicos são bastante aplicados. Esta pesquisa tem o objetivo de estudar o balanço hídrico da bacia do Rio Pajeú, localizado do sertão do estado de Pernambuco, utilizando uma versão do modelo eco-hidrológico SWIM, desenvolvido para aplicações em regiões semiáridas, considerando as vazões naturais, a influência dos reservatórios e das retiradas de água e incluindo cenários de mudanças climáticas, além de estimar os efeitos causados pelas incertezas nos dados de entrada nas simulações. Também foi realizada uma avaliação dos impactos das mudanças climáticas projetadas no fluxo dos rios formadores desta da bacia, para um futuro próximo (2021 a 2050) e para um futuro distante (2070 a 2099). Para alcançar este objetivo foram elaborados cenários com diferentes fontes e escalas de uso da terra, do tipo de solo e fontes de dados climáticos. Para isso, empregou-se o modelo SWIM, que foi configurado, calibrado e validado com os dados de vazões observados das estações fluviométricas da ANA. Os impactos das mudanças climáticas foram explorados aplicando os conjuntos de dados climáticos dos modelos de circulação global regionalizados, corrigidos pelo método de bias. Os resultados apontam a existência de interferência do uso da terra nas vazões simuladas, e de forma mais significativa indica a influência das diferentes fontes de dados climáticos nas simulações de vazão da bacia, o que comprova que as incertezas dos dados de entrada afetam as simulações. No tocante aos cenários que consideram os efeitos dos reservatórios e da alocação da água no balanço hídrico da bacia, percebe-se que, apesar de poucas informações de vazões observadas, o modelo apresenta bom desempenho nas simulações. Analisando as simulações feitas com uso de modelos de circulação global para gerar cenários climáticos futuros, observa-se uma maior influência na escolha dos modelos do que dos cenários climáticos RCP 2.6 e 8.5 do IPCC. Os resultados apresentados nesta pesquisa indicam que o modelo SWIM, adaptado para regiões semiáridas, mostrou-se uma ferramenta robusta e eficaz para o gerenciamento dos recursos hídricos, podendo auxiliar no processo de tomada de decisão.