A casa em verso e prosa: Canções, poesias e subjetividade do conceito de casa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: CORDEIRO, Nilson Da Rocha
Orientador(a): LEITÃO, Lúcia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento Urbano
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18010
Resumo: Ao iniciar estas reflexões sobre a moradia, buscamos destacar o aspecto basilar da casa – enquanto abrigo – para o desenvolvimento do indivíduo, da cidade e da sociedade. Com o objetivo de investigar as concepções de casa, como esse termo é percebido e qual a sua real importância na constituição do indivíduo, utilizamos como porta de acesso para esse universo as representações feitas sobre a casa e o lar encontradas em canções e poemas que abordam a temática, seja de forma explicita ou implícita. A construção e análise dos dados deram-se de forma qualitativa na perspectiva interpretativa das ciências, nas quais, os atos humanos, assim como seus discursos, constroem e carregam significados que tecem os tecidos da história, da sociedade e das pessoas. Tentamos, por meio de uma leitura de canções e poemas, por meio da análise do conteúdo (BARDIN, 1977) e fundamentados na teoria das representações sociais (MOSCOVICI, 1978, 1985; JODELET, 1985, 1991), pesquisar a ideia de casa que está presente em nosso imaginário. Tomamos de empréstimo alguns conceitos da psicanálise (FREUD, 1973; WINNICOTT, 1983, 1985, 1989). Pudemos perceber que uma primeira ideia de casa é aquela associada à herança. Uma casa-memória onde encontramos os traços de uma afetividade intensa e geralmente associada à infância. Uma segunda projeção da casa é a casa-identidade que se projeta no tempo presente. Ela é o espaço de pertencimento e de segurança. Finalmente, uma terceira projeção da casa é a que se lança para o futuro: a casa-promessa ou casa-esperança, uma casa idealizada e que é sonhada e desejada, sempre como uma promessa de felicidade e realização.