Estudo histológico comparativo entre auto-implantes esplênicos e a porção não-implantada do baço de camundongos sadios e na fase crônica da esquistossomose mansônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: de Carvalho Nebl Lacerda, Danielle
Orientador(a): Thomé Jucá, Norma
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9004
Resumo: Na tentativa de reduzir os efeitos imunológicos adversos da asplenia cirúrgica, tem-se procurado preservar o máximo de tecido esplênico possível. Nas situações em que se torna imprescindível a remoção de todo o baço, o auto-implante esplênico mostrou-se boa alternativa para essa finalidade, tendo sido demonstradas histologicamente as etapas de reestruturação tecidual em indivíduos sadios submetidos ao procedimento. O objetivo deste estudo foi comparar, sob o aspecto da regeneração histológica, o tecido esplênico autoimplantado com a porção do baço removida e não-implantada de camundongos sadios e na fase crônica da esquistossomose. Trinta e dois camundongos albinos fêmeas adultas, de linhagens não-isogênicas foram usados no estudo, 16 deles previamente infectados com cercárias de S. mansoni. O procedimento cirúrgico consistiu de esplenectomia total, seguida do implante da metade do volume total do baço fatiado em bolsa omental nos animais portadores de esquistossomose, e de cerca de 2/3 nos animais sadios. Oito semanas após as operações, os animais foram sacrificados. Foram quatro os subgrupos para o estudo: a porção não-implantada do baço de camundongos sadios (S1), e na fase crônica da esquistossomose (E1) os auto-implantes de baços em animais sadios (S2), e na fase crônica da doença (E2). O exame histológico do tecido esplênico auto-implantado no grande omento, revelou regeneração completa, tanto nos animais sadios quanto nos infectados com esquistossomose, assemelhando-se à estrutura microscópica habitual do baço. As diferenças encontradas nos auto-implantes em relação à porção não-implantada do baço foram, basicamente, as alterações relativas à proliferação de tecido fibroconjuntivo em decorrência do processo de regeneração, tais como: maior espessura da cápsula neoformada, maior ocorrência de fibrose intersticial, além de um maior número de megacariócitos e de leucócitos polimorfonucleares na polpa vermelha. Houve maior expressão de linfócitos de tamanhos médio e grande nos centros germinativos dos folículos linfóides da porção não-implantada, do que nos auto-implantes esplênicos de camundongos com a doença. Na comparação dos subgrupos de animais sadios, linfócitos extrafoliculares foram mais numerosos nos auto-implantes esplênicos. Entre os animais sadios e com esquistossomose, as diferenças encontradas foram conseqüentes às modificações parenquimatosas provocadas pela doença esquistossomótica, e pelo maior número de pigmento acastanhado e plasmócitos. Não existiu diferença no número, localização e material antigênico presente nos granulomas esquistossomóticos esplênicos, ao serem comparados os auto-implantes e a porção não-implantada do baço