O processo de produção do espaço urbano em economia retardatária: A aglomeração produtiva de Santa Cruz do Capibaribe (1960-2000)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Gilca Pinto Xavier, Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3096
Resumo: Nesta tese discutem-se as transformações da atividade produtiva e o processo de urbanização de uma região de capitalismo tardio, no período compreendido entre 1960 até os dias atuais. Neste contexto, expõem-se as especificidades da urbanização de uma região deprimida, salientando-se a integração e diferenciação do campo versus cidade. Examina-se a configuração social e urbana da cidade, modificada com a introdução de novas atividades de produção, e a forma rudimentar de instalação da infra-estrutura social e econômica no meio urbano. Argumenta-se que, de inicio, a diversificação da produção no município foi possível porque existia um crescimento da produtividade do trabalho social da comunidade, que impulsionou como uma alavanca à acumulação. São mostradas as trajetórias históricas de Santa Cruz do Capibaribe no contexto da região do Agreste de Pernambuco. Salienta-se a característica da localidade na construção das competências de costurar introduzida pelo habitus na educação da mulher. Constata-se que as desigualdades regionais são capazes de elucidar as especificidades da aglomeração produtiva em Santa Cruz do Capibaribe. Na seqüência histórica, compreendeu-se que, a partir da década de 80, a economia urbana tornouse preponderante na produção da riqueza em Santa Cruz do Capibaribe. A argumentação sobre essa expansão está relacionada às transformações no cenário nacional, através da diminuição das migrações para o Centro-Sul do Brasil e na capacidade da sociedade local em impulsionar a sobrevivência através de uma atividade urbana. São descritos a forma de organização desta atividade e o processo de acumulação. A atividade de confecção, que surge como opções de sobrevivência às condições adversas da localidade agrestina, atende ao mercado de baixa renda. A produção a partir de Santa Cruz do Capibaribe promove concentração espacial com especialização no setor de atividade de confecção, gerando intensa divisão do trabalho num processo que se espalha por municípios vizinhos. A localização da produção no espaço aglutina vantagens de externalidades marshallianas, que promovem condições de competitividade e expansão da produção na aglomeração produtiva de Santa Cruz do Capibaribe