O controle dos militares sobre os civis no processo de justiça de transição no Brasil, Chile e Argentina
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Ciencia Politica |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/36732 |
Resumo: | Esta tese apresenta um estudo comparativo do processo de Justiça de Transição no Brasil, Chile e Arrgentina a fim de analisar a influência do controle dos militares sobre os civis na tipificação dessa justiça como restaurativa ou retributiva. Nas Justiças restaurativas devem ser contemplados o Direito à Memória e à Verdade buscando uma conciliação nacional do passado autoritário com o presente democrático; nas Justiças retributivas devem ser agregados ao ideal de Memória e Verdade, o Direito à Justiça, punindo os agentes estatais e civis que promoveram os crimes de lesa-humanidade. Para a pesquisa três fontes de análise foram escolhidas: as leis de anistia, os legados autoritários e as Comissões Nacionais da Verdade, averiguando a influência que as Forças Armadas tiveram em cada uma dessas e examinando se os militares exerceram controle total, parcial ou não exerceram controle sobre os civis. Sob essa perspectiva haverá de se considerar o nível de interação entre os agentes atuantes na transição e os interesses presentes neste processo por meio da escolha racional e do path-depence. O método escolhido para a elaboração deste trabalho foi o process tracing, uma vez que as fontes de análise escolhidas independem uma da outra enquanto mecanismos do processo transicional; mas impactam direta ou indiretamente, comprometendo ou facilitando, o resultado final da redemocratização. A saber, a consolidação democrática projeta nessa transição que o modelo de domocracia seja alicerçado teoricamente nos ideiais de Mainwaring e O´Donell (2001), os quais tratam a eleição, a inclusividade eleitoral, as questões partidárias e a alternância de poder como condições necessárias mas não suficientes à democracia, colocando o controle civil sobre os militares como uma categoria a ser também indispensáveis nas democracias consolidadas. Também é fundamental apontar que a Justiça de Transição não é pontual dentro de sua temporalidade e que gradativamente os resquícios das ditaduras civis-militares devem ser eliminados até sua finalização. |