A construção de vínculos na relação entre professores e alunos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: SILVA, Janaína Oliveira da
Orientador(a): MEIRA, Luciano Rogério de Lemos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8611
Resumo: Baseando-se nas perspectivas histórico-relacional e semiótica das relações sociais, este estudo teve por objetivo investigar como professores e alunos constroem vínculos e quais as formas de vinculação construídas a partir da mediação de diferentes conteúdos curriculares. De acordo com a literatura, estes interlocutores apresentam muitos problemas relacionais que interferem no processo ensino-aprendizagem e podem tornar-se o lócus de múltiplas expressões de violência. Fez-se pertinente uma investigação processual de como esses sujeitos se envolvem em ações de demanda e atenção, produzindo laços significativos entre si, a fim de construirmos um melhor entendimento dessa relação. Foram utilizados registros audiovideográficos e de observações participantes de uma aula de matemática e uma aula de história em salas de 5ª série da rede pública de ensino, além de entrevistas individuais com os professores envolvidos. As sessões registradas foram submetidas a uma microanálise e macroanálise, para as quais identificamos como unidade frames de vinculação : controle, ajuda e avaliação. Estes frames foram categorizados quanto à dimensão dos conteúdos que mediaram à vinculação (curricular ou não-centralmente curricular), aos temas recorrentes, à sua freqüência e distribuição no tempo da aula. As análises mostraram que os processos de vinculação professor-aluno foram estabelecidos principalmente a partir de frames de controle, e pela mediação predominante de conteúdos não-centralmente curriculares em ambas as aulas, havendo algumas diferenças entre estas nos outros frames de vinculação e na forma como os interlocutores mediaram semioticamente as ações de vinculação