O Khamsin do deserto: cólera e cotidiano no Recife (1856)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: FARIAS, Rosilene Gomes
Orientador(a): MIRANDA, Carlos Alberto Cunha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7314
Resumo: Este trabalho discute a relação entre doença e cotidiano no Recife, em 1856. Aborda a propagação do cólera pelo mundo, o ambiente que encontrou na cidade e as estratégias utilizadas por médicos, autoridades provinciais, religiosos e pelos habitantes para lidar com a doença. Como fenômeno social, a epidemia foi capaz de mobilizar diferentes setores da população, acentuando conflitos e aflorando sentimentos que produziram impactos sobre as atividades cotidianas e o imaginário local. Mesmo antes que o cólera atingisse o Recife, os jornais foram tomados por notícias a seu respeito. Informes sobre a epidemia em outras províncias, orações, receitas de remédios variados, declarações de médicos e autoridades, sobre o assunto, eram o foco das atenções da imprensa. Quando a doença começou a fazer as primeiras vítimas na cidade, uma série de medidas oficiais incidiu diretamente sobre os transportes, o comércio e o lazer dos recifenses. Assim, a epidemia produziu um novo ritmo para o Recife, modificando suas interações sociais e a forma de ocupação do espaço urbano