Entre a desqualificação e a resistência : a contrução de identidades entre trabalhadores do mercado de trabalho informal na cidade do Recife

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: SANTOS, Breno Bittencourt
Orientador(a): WANDERLEY, José Carlos Vieira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9244
Resumo: O desemprego afeta a vida dos indivíduos não apenas do ponto de vista material, mas, sobretudo, simbólico, dada a perda de atributos identitários conferidos pelo trabalho. Partindo do pressuposto que a posição profissional constitui parte importante na construção das identidades, esta pesquisa tem como objetivo estudar as construções identitárias de trabalhadores informais na Região Metropolitana do Recife. Busca-se reconstruir as trajetórias profissionais de vendedores ambulantes para analisar a relação entre posições profissionais e a construção de identidades; verificar os tipos identitários que emergem na informalidade; verificar o grau de resistência oferecido pela informalidade à desqualificação; e analisar as projeções dos trabalhadores com relação ao futuro profissional. Com base nas entrevistas realizadas, constatou-se que as práticas informais representam elemento de resistência à desqualificação. Apesar do desprestígio apresentado pelas posições profissionais investigadas, elas permitem o surgimento de tipos identitários de continuidade, isto é, as posições profissionais são aceitas pelos vendedores ambulantes como base de suas construções identitárias. Constatou-se, também, que há relação entre o tempo de participação na informalidade e a capacidade de resistência à desqualificação, de modo que quanto maior o tempo de participação na informalidade maior a resistência à desqualificação, pois os trabalhadores se acostumam com suas posições profissionais