Entre a ruptura e a continuidade: limites e possibilidades da apropriação do capital social em um assentamento de reforma agrária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Rogers Melo de Almeida, Márcio
Orientador(a): de Nazareth Baudel Wanderley, Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9914
Resumo: Esta dissertação teve como objetivo analisar os processos sociais que limitam e possibilitam a apropriação do capital social em um assentamento de reforma agrária. Apoiamo-nos em um estudo de caso no assentamento Terra, Trabalho e Liberdade, conhecido como Arariba de Baixo, localizado no município do Cabo de Santo Agostinho, estado de Pernambuco. Primeiramente, definimos o capital social de um modo mais abrangente para que pudéssemos analisar a constituição do assentamento tendo como referência central o acampamento, construído no processo de luta pela terra. Concluímos, a partir de uma pesquisa fundamentalmente qualitativa, usando entrevistas em profundidade e a observação participante, que as práticas sociais e valores adquiridos no acampamento, além de possibilitarem a construção e apropriação do capital social de modo intenso e contínuo, vão definir a capacidade de materialização deste recurso no assentamento. Com a construção do assentamento temos uma ruptura profunda na visão de mundo dos atores envolvidos nesse processo, sem no entanto anular os efeitos agregativos do acampamento. Os conflitos vão aparecer com mais facilidade e as resoluções serão mais difíceis. Por este motivo, teremos a apropriação do capital social de modo descontínuo, sendo materializado com mais dificuldade em esferas sociais distintas, a depender de cada situação. O poder de mobilização social da comunidade, da apropriação do seu capital social, estará na idéia, compartilhada pela maioria dos assentados, de que a luta por uma vida digna continua. É na construção de um tempo social singular, localizado entre a ruptura da formação do assentamento e a continuidade da luta, que verificamos a capacidade de apropriação deste recurso pela comunidade