Pegmatito Serra Branca - Distrito Pegmatítico Vieirópolis (PB) - Tenente Ananias (RN) - Malta (PB), Brasil : caracterização mineralógica da Amazonita

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SANTOS, Glenda Lira
Orientador(a): BARRETO, Sandra de Brito
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Geociencias
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35163
Resumo: A amazonita do Pegmatito Serra Branca consiste em uma microclina ordenada de coloração verde azulada com saturações variadas. Inserido no contexto geológico do Distrito Pegmatítico Vieirópolis (PB)-Tenente Ananias (RN)-Malta (PB), no Terreno Rio Piranhas-Seridó da Subprovíncia Rio Grande do Norte (Província Borborema), este pegmatito amazonítico apresenta um zoneamento complexo. Subdivide-se em uma (i) zona da amazonita, composta por grandes cristais subédricos a euédricos de amazonita e quartzo enfumaçado, localizada na região central e superior do corpo, e uma (ii) zona da albita, que contém albita e quartzo sacaroidais, localizada majoritariamente, na base do pegmatito. O Pegmatito Serra Branca apresenta, ainda, uma sub-intrusão composta de grandes cristais euédricos de amazonita e quartzo envolvidos por clevelandita, em um arranjo textural diferente daquele observado na zona da amazonita. A caracterização desta amazonita foi realizada através de ensaios gemológicos, difração de raios-X (DRX), espectroscopia de reflectância total atenuada no infravermelho (IV-ATR), análises por microscopia ótica de luz polarizada (MOLP), espectroscopia de absorção e de reflectância na faixa do visível ao infravermelho, microssonda eletrônica (EPMA), espectrometria de massa por ablação a laser (LA-ICP-MS) e espectrometria de fluorescência de raios-X (FRX). A amazonita de Serra Branca demonstra propriedades gemológicas dentro do esperado com birrefringência variando de 0.007 a 0.008. A MOLP revela que a amazonita se caracteriza por um precursor ordenado, apresentando variados padrões de geminação dentre eles tartan, cruzada e chessboard e grandes porções de coalescência das leis da Albita e Periclina. As exsoluções de albitas ocorrem como grandes veios subparalelos a face (010), alcançando ~ 0,8 mm de espessura e ~17 mm de comprimento, mostrando geminação polissintética da Lei da Albita. A amazonita foi identificada por DRX e por IV-ATR como microclina altamente ordenada com albita intercrescida com triclinicidade entre 0,92 a 0,98. A espectroscopia revelou bandas de absorção no ultravioleta derivadas da presença ferro. As principais absorções observadas na faixa do visível correspondem a banda da amazonita, principal responsável pela coloração da verde-azulada e correlacionada com a presença de chubo. Já as feições no infravermelho, correlacionam-se com a presença de H2O. A composição modal da amazonita é de Or₉₅,₃₂₋₉₃,₀₃Ab₆,₉₆₋₄,₅₈An₀,₁₈₋₀,₀₂ e a albita intercrescida foi de Or₁,₃₈₋₀,₃₃Ab₉₉,₅₀₋₉₈,₄₈An₀,₄₇₋₀,₀₈. Foram detectados altos valores de Rb, Pb, Sr, Ba, Cs, Fe e Ga.