Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
MAIA, Rafael José Coelho |
Orientador(a): |
BRANDÃO, Simone Cristina Soares |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias da Saude
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/23501
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Resumo: |
Introdução: Pacientes com insuficiência cardíaca (IC) com disfunção sistólica de grau moderado a importnate apresentam importante redução na capacidade ao exercício físico quando comparados àqueles com disfunção leve, e, consequentemente, piores desfechos cardiovasculares. O teste cardiopulmonar de esforço (TCPE) é o método padrão-ouro para avaliação da capacidade funcional em pacientes com IC, além de ser capaz de determinar prognóstico neste perfil de pacientes. Entretanto, este método ainda permanece pouco disponível para uso rotineiro. O marcador ecocardiográfico mais usado apara avaliação na IC é a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE). Entretanto, ela não é capaz de traduzir o real grau de lesão cardíaca, além de não conseguir refletir a aptidão cardiorrespiratória destes indivíduos. A análise da deformação miocárdica (strain), descrita inicialmente para avaliação da contratilidade regional cardíaca, é uma nova ferramenta da ecocardiografia que vem sendo muito estudada nos últimos anos. Trabalhos recentes sugerem que ela seja capaz de avaliar, de forma mais objetiva, o real grau de injúria miocárdica. Entretanto, ainda não existem trabalhos relacionando esta análise com o desempenho funcional em pacientes com IC sistólica. Objetivo: Avaliar o grau de correlação entre o strain global longitudinal (SLG) com parâmetros funcionais do TCPE em pacientes com IC com disfunção sistólica de grau moderado a importante. Métodos: Estudo de corte transversal que selecionou 26 pacientes (média de idade 47 anos, sendo 57,7% do gênero masculino) com FEVE <45%, em classe funcional II e III (NYHA). Parâmetros do TCPE, como consumo máximo de oxigênio (VO2 máximo), a inclinação da curva do VE/VCO2 (VE/VCO2 slope), recuperação da frequência cardíaca no primeiro minuto após esforço físico (RFC1) e tempo necessário para haver queda de VO2 em 50% após esforço físico (T1/2VO2), foram comparados com o valor do SLG. Foi feita a curva ROC, para avaliar o grau de sensibilidade e especificidade do SLG em predizer VO2<14mL/kg/min e/ou VE/VCO2 slope>35. Foi considerado significativo p<0,05. Resultados: A FEVE apresentou correlação com VO2 máximo e T1/2VO2, entretanto, não se correlacionou com as demais variáveis do TCPE. Já o índice do SLG apresentou correlação direta com VO2 máximo (r=0,671; p=0,001) e RFC1 (r=0,466; p=0,016); e correlação inversa com T1/2VO2 (r=-0,696; p=0,001) e com o VE/VCO2 slope (r=-0,513; p=0,007). A área sob a curva ROC para o valor do SLG em predizer VO2<14mL/kg/min e VE/VCO2slope>35 foi 0,88 (sensibilidade 74%; especificidade 83%; valor preditivo positivo de 67% e valor preditivo negativo de 88%) para um ponto de corte de -5,7%, p=0,03. Conclusão: Em pacientes com IC sistólica moderada a grave, o índice SLG mostrou associação significante com os principais parâmetros do TCPE e foi capaz de predizer pacientes com baixa capacidade funcional. Desta forma, a análise do strain parece ser mais preciso do que a FEVE em classificar pacientes com IC sistólica, e assim contribuir para melhor seleção de pacientes para tratamento clínico diferenciado, como transplante cardíaco. |