Uso combinado de terapia com células mesenquimais da medula óssea e ultrassom pulsado de baixa intensidade sobre o processo de cicatrização de fratura de fêmur de ratos diabéticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: NERY, Cybelle da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pós Graduação Rede Nordeste de Biotecnologia - RENORBIO
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44134
Resumo: O diabetes mellitus (DM) afeta o tecido ósseo promovendo alterações no processo de osteogênese, ocasionando osteopenia e aumentando a fragilidade à fratura. A terapia com células mesenquimais derivadas da medula óssea (CTMs-MO) e a terapia com ultrassom pulsado de baixa intensidade (US) são uma alternativa para auxiliar no processo de cicatrização. O estudo objetivou avaliar o efeito da terapia CTMs-MO associado com US sobre peso, glicemia, densidade mineral óssea (DMO) biomecânicos. 77 ratos da linhagem Wistar, foram distribuídos em oito grupos: Os animais foram distribuídos aleatoriamente em oito grupos: Grupo Controle Placebo (GCP, n=11), Grupo Diabético Placebo (GDP, n=11), Grupo Controle Ultrassom (GCU, n=12), Grupo Diabético Ultrassom (GDU, n=12), Grupo Controle Terapia Celular (GCTcP, n=7), Grupo Diabético Terapia Celular (GDTcP, n=8), Grupo Controle Terapia Celular e Ultrassom (GCTcU, n=8) e Grupo Diabético Terapia Celular e Ultrassom (GDTcU, n=8). Aos 60 dias de vida os animais foram induzidos ao diabetes experimental por Estreptozotocina; intraperitoneal; 60mg/Kg) e aos 74dias, foi realizada uma fratura aberta do fêmur direito. Nos grupos com terapia celular (GCTcP, GCTcU, GDTcP e GDTcU) uma suspensão de células foi administrada no interior do canal medular do fêmur, após a promoção da fratura. Do primeiro até o 24° dia pós-cirúrgico, foi iniciado, nos grupos que realizaram o tratamento com ultrassom, a aplicação do ultrassom terapêutico (SONOPULSE- Ibramed), sete vezes/semana, 20 minutos/dia, com frequência de 1MHz, frequência de repetição de pulso de 100Hz, duração de pulso de 2ms - razão de 1:5, ciclo de trabalho de 20% e intensidade de 0,5 w/cm2. Após o término do protocolo, os animais foram eutanasiados e os fêmures coletados para análise da densidade mineral óssea e ensaio biomecânico de flexão em três pontos onde foram avaliados a área de secção transversa (AST), força máxima, tensão máxima, deformação máxima e módulo elástico. O peso corporal e glicemia foram aferidos semanalmente para acompanhamento. Em relação ao acompanhamento ponderal e glicemia, não foram observadas diferenças entre os grupos no período pré-indução. Na primeira e sexta semana após a indução do diabetes, os animais dos grupos diabéticos apresentaram pesos corporais inferiores e índices glicêmicos superiores quando comparados aos animais dos grupos controles (p<0,05). A DMO apresentou valores aumentados nos animais dos grupos (GCTcP, GDTcP, GCTcU e GDTcU) quando comparados aos seus respectivos controles (GCP- p=0,002 e GDP- p<0,001). Quanto aos parâmetros biomecânicos, não houve diferença na força máxima (p>0,05). No entanto, foi observada um aumento na AST (p< 0,001) e redução na tensão máxima (p≤0,03) e no módulo elástico (p=0,041) nos fêmures dos animais do GCTcP e GDTcP em relação aos seus controles (GCP e GDP) e redução da deformação máxima de GCTcP, GDTcP, GCTcU e GDTcU quando comparados com os seus controles (GCP e GDP). Conclui-se que o uso combinado da terapia CTMs-MO com a terapia US mostrou-se útil em promover um aumento da DMO dos fêmures supondo início de reparo ósseo. Entretanto, em relação aos parâmetros biomecânicas avaliados não foram observadas diferenças entre os grupos com associação de ambas as terapias.