Estratégias de hedging para a fruticultura exportadora brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Abdinardo Moreira Barreto de
Orientador(a): SANTOS, Joséte Florencio dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Administracao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16499
Resumo: O objetivo deste estudo foi verificar as configurações nas quais as estratégias de hedging são efetivas na diminuição do risco de preço da fruticultura exportadora brasileira. Tal pesquisa é justificada pela seguinte problema: caso fosse possível os fruticultores serem usuários do mercado de derivativos, não se sabe como as estratégias de hedging seriam configuradas para melhor lhes atenderem. Assim, foram calculados os preços médios mensais US$ FOB/kg entre 1989 e 2013, a partir dos dados fornecidos pelo site AliceWeb2, para as seguintes frutas: manga, melão e uva. Elas foram escolhidas por representarem 62% do valor recebido em dólares e 48% do volume exportado das frutas brasileiras. Foram usados os modelos ARIMA/GARCH para obter os preços futuros e estimar o hedge próprio, e adotados os preços futuros WTI do petróleo para estimar o cross-hedge. Realizaram-se previsões para cada abordagem de hedging empregada no estudo: Variância Mínima, Média-Variância, BEKKGARCH, Dominância Estocástica e VaR/CVaR. Em relação ao hedge próprio, o contrato com vencimento em 07 meses e em posição vendida, pela abordagem BEKK-GARCH, foi o mais efetivo para a manga (H = -0,725; HE = 35,8%); em 06 meses e em posição comprada, pela abordagem U-MEG (n = 300), foi o mais efetivo para o melão (H = 0,557; HE = 17,9%); e em 06 meses e em posição vendida, pela abordagem U-MEG (n = 300), foi o mais efetivo para a uva (H = -0,272; HE = 34,8%). Considerando o cross-hedge, o contrato com vencimento em 11 meses e em posição comprada, pela abordagem BEKK-GARCH, foi o mais efetivo, para a manga (H = 0,018; HE = 22%); o contrato com vencimento em 12 meses e em posição vendida, pela abordagem da Variância Mínima, foi o mais efetivo para o melão (H = -0,003; HE = 8,7%); e o contrato com vencimento em 11 meses e em posição vendida, pela abordagem BEKK-GARCH, foi o mais efetivo, para a uva (H = -0,022; HE = 22,1%). Vale ressaltar a dificuldade do cross-hedge a ser feito para o melão, dado os diminutos valores de H a serem realizados em termos práticos, demandando a realização de investigações futuras para melhorar este resultado em particular.