Pernambuco na Carreira da Índia e as rotas de comércio com a Ásia Portuguesa (séc. XVII-XIX)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SILVA NETA, Maria do Carmo Oliveira da
Orientador(a): SOUZA, George Félix Cabral de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Historia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44396
Resumo: A expansão marítima portuguesa e o desejo de conquistar o Oriente levaram Portugal a montar um império ultramarino que esteve presente na América, África e Ásia, de tal forma que a variedade de produtos e os lucros vultosos no início do século XVI inspiraram muitos a tentar a sorte na longínqua Índia, ou na fascinante China. Outros vão mais além e chegam às terras japonesas no extremo leste da Ásia ou se aventuram no comércio de marfim na costa de Moçambique. Com o estabelecimento da Carreira da Índia, rota comercial traçada diretamente entre Lisboa e Goa, se tem um trajeto que vai do Atlântico ao Índico, com paradas de apoio para reabastecimento de provisões e reparos nas embarcações. Na costa brasileira, essas paradas tornam-se foco do contrabando de fazendas asiáticas (cuja comercialização era vedada àqueles fora do espaço metropolitano de Portugal), levando a Coroa a tentar manter um estrito controle sobre essas arribadas até o final do século XVIII. Dentro desse contexto, se tem a presença da capitania de Pernambuco como um porto geograficamente bem localizado para os navios que fizessem a rota da Carreira da Índia, bem como um mercado propenso ao consumo de produtos asiáticos como artigos individuais de luxo ou mercadorias intermediárias a serem lançadas principalmente no comércio de escravizados na costa da África. Sendo assim, se faz necessário compreender as relações entre Pernambuco e a Ásia Portuguesa levando em consideração sua função enquanto ponto de apoio da Carreira da Índia nos primeiros séculos da presença lusitana no Brasil, bem como os primeiros movimentos intracoloniais após o fim das limitações do comércio direto Brasil-Ásia.