Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, Thiago Antônio Pereira dos |
Orientador(a): |
VIEIRA, Ana Cristina de Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Servico Social
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/23631
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Resumo: |
As contribuições presentes em nossa proposta de dissertação objetivam entender as alterações relacionadas à pobreza e à reprodução da desigualdade social postas em trânsito a partir da conjuntura de crescimento económico dessa primeira década do século em curso, assim como problematizar os consensos quanto ao projeto hegemónico de desenvolvimento que tem na combinação da universalização de programas de transferência de renda, valorização real do salário mínimo e criação de milhões de postos de trabalho, sua base objetiva. O caminho analítico seguido a partir de relatórios e documentos da Secretaria de Planejamento do estado de Pernambuco (SEPLAN), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), tem como propósito particularizar as tendências que despontam na realidade brasileira no território específico de Ipojuca/PE, que de modo intenso vivência transformações na composição de seu Produto Interno Bruto (PIB), resultando, segundo a SEPLAN, em ser na atualidade o município do estado proporcionalmente mais industrializado, comparticipação de 31,14% da indústria na composição da produção de sua riqueza, enquanto a nível estadual a média para o ano de 2010 foi de 22,14%. Com ritmo de crescimento do PIB superior a 280% no agregado da última década (2000/2010), o município apresentou para o ano de 2010 renda per capita próxima a onze vezes a média do estado de Pernambuco para o mesmo ano. A atração dos investimentos localizados no complexo industrial e portuário de SUAPE tem sido a principal fonte das taxas chinesas de crescimento verificadas no município na contemporaneidade. A despeito dessa realidade, os contrastes se avolumam no território tendo como meio de expressão o sucateamento das políticas públicas, cenário que diretamente impacta no índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do município como o terceiro pior entre as quatorze cidades que compõem a Região Metropolitana do Recife (RMR). A agudização das expressões da “questão social” tem representado a alteração do cotidiano, este aqui entendido como o espaço no qual se gestam os modos de vida e, vem apresentando a constituição de tendências que estão a alterar as formas de existência da população nativa. Dentre estas contemporâneas tendências podemos destacar os fluxos migratórios dentro do próprio território do município, acarretando no aumento de sua população rural ante a intensificação da especulação do espaço urbano, assim como o possível alargamento dos mecanismos de pauperização relativa, que se traduzem em uma proporcionalmente menor participação dos rendimentos do trabalho no conjunto das riquezas produzidas nas fronteiras do território, tendo como face contrária da mesma moeda uma elevação dos índices de exploração do trabalho e apropriação privada de seus resultados pelas frações burguesas que migraram seus investimentos para o município que estamos a analisar. |