Respostas auditivas de estado estável em crianças de 6 a 48 meses com audição normal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Glória Apolônio dos Santos, Alexsandra
Orientador(a): Gomes Lins, Otávio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8005
Resumo: A utilização de métodos de avaliação que possam refletir uma estimativa abrangente e confiável da audição vem assumindo grande importância para o pleno desenvolvimento infantil, nos âmbitos, social, cognitivo e lingüístico. A resposta auditiva de estado estável é um procedimento eletrofisiológico que possibilita avaliar, ao mesmo tempo, limiares auditivos com especificidade, por frequências e por orelha. O objetivo deste estudo foi verificar como os limiares eletrofisiológicos obtidos por essa técnica podem estimar os níveis mínimos de resposta comportamentais obtidos pelo padrão ouro, a audiometria de reforço visual, em crianças com audição normal, averiguando assim a aplicabilidade clínica da resposta auditiva de estado estável na avaliação audiológica infantil. Foram avaliadas 65 crianças de ambos os sexos (35 crianças do sexo masculino e 30 do sexo feminino) com uma faixa etária compreendida entre 6 e 48 meses. Obtiveram-se as respostas auditivas de toda amostra mediante a técnica da resposta auditiva de estado estável em múltiplas frequências de forma dicótica, e da técnica da audiometria de reforço visual em campo livre (50 crianças) ou com fones supra-aurais do tipo TDH-39 (15 crianças). Foram pesquisadas as frequências de 500, 1000, 2000 e 4000 Hz em ambos os métodos de avaliação. As respostas auditivas foram analisadas para calcular suas correlações e outras variáveis. Os resultados encontrados neste estudo demonstraram que as amplitudes da resposta auditiva de estado estável não apresentaram diferença estatística significante entre o sexo feminino e sexo masculino. Também não foram encontradas diferenças significantes, para os limiares da resposta auditiva de estado estável e para os níveis mínimos de resposta da audiometria de reforço visual, com relação à idade e ao sexo. Em média, foram observados limiares eletrofisiológicos maiores que os níveis mínimos de resposta comportamentais, e uma tendência das diferenças serem maior para as crianças que utilizaram fones na audiometria de reforço visual. Ao utilizar os limites de concordância estabelecidos, foi possível verificar após a correção do viés, uma discrepância entre a resposta auditiva de estado estável e a audiometria de reforço visual em campo livre de até ± 23 dB NA, e de até ± 30 dB NA entre a resposta auditiva de estado estável e a audiometria de reforço visual realizada com fones. Esta diferença diminui para frequências agudas. A duração média para a realização da pesquisa da resposta auditiva de estado estável foi de 44 minutos, com o tempo mínimo de 15 minutos e o tempo máximo de 80 minutos. Os achados sugerem que a utilização da resposta auditiva de estado estável, como instrumento para se adquirir limiares auditivos, é viável em lactentes e crianças pequenas, contribuindo para a caracterização da configuração audiométrica. Recomenda-se, entretanto, a realização de novos estudos que visem o estabelecimento de critérios mínimos necessários para o planejamento e aplicação de protocolos com fins de padronização, contribuindo com a validação diagnóstica